Justiça afasta do cargo vereadora suspeita de desvios em Santa Luzia

Emília Alves da Cruz (PSB) e o marido foram presos no último dia 7 em operação do Ministério Público.

A vereadora Emília Alves da Cruz (PSB) foi afastada do cargo. (Foto: Reprodução/TV Globo)

A vereadora Emília Alves da Cruz (PSB), que legislava na Câmara Municipal de Santa Luzia, na Grande BH, foi afastada do cargo nesta sexta-feira (11). A ordem é da juíza Maria Beatriz Fonseca da Costa Biasutti que determinou ainda o sequestro de bens até o limite de R$ 376.198,60. Segundo a magistrada, o afastamento é válido por 180 dias e a vereadora também está impedida de entrar no prédio da Câmara.

Ela e o marido foram presos no último dia 7 em uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em Santa Luzia. De acordo com a Polícia Militar (PM), que também trabalhou na ação, computadores, celulares e tablets foram apreendidos na casa dos suspeitos.

Segundo o MPMG, a operação “Batismo de Fogo” teve como objetivo combater um esquema de desvio de recursos públicos em benefício de uma organização não governamental. O esquema teria comprado votos, além da utilizado servidores e verbas públicas para fins privados.

As investigações apontam que os envolvidos viabilizaram a contratação e a remuneração de servidores pela Câmara Municipal de Santa Luzia. Conforme o Ministério Público, porém, esses funcionários não prestaram qualquer serviço ao poder público. As apurações apontaram que eles eram empregados de uma associação comunitária no bairro Baronesa, na região do São Benedito, e desempenharam papel de cabos eleitorais em 2016.

Ao todo, de acordo com o MPMG, quatro pessoas foram detidas em Belo Horizonte e Santa Luzia. Também foram cumpridos cinco mandados de condução coercitiva e seis de busca e apreensão.

Segundo o MPMG, buscas foram feitas na Câmara para que fossem apreendidas folhas de ponto, prestações de contas de verbas de gabinete e pastas funcionais. Os suspeitos são investigados por envolvimento com os crimes de associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. As penas podem variar de cinco a 25 anos.

Os suspeitos vão ser acionados pelo MPMG para o ressarcimento dos valores que teriam sido desviados dos cofres municipais de Santa Luzia, estimados em R$ 300 mil. Após prestarem depoimento, os três homens foram levados para o Presídio de Santa Luzia. Já a vereadora foi encaminhada para a capital mineira.

No dia 7 de agosto, a Câmara Municipal de Santa Luzia confirmou que promotores e policiais estiveram na sede do Legislativo municipal. Emília Alves estava no segundo mandato e era a atual 1ª Secretária da Mesa Diretora.

 

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