Uma médica de 28 anos denuncia ter sido agredida por um tenente da Polícia Militar (PM) com um soco na boca, na noite do último sábado (10), após ter jogado um copo de suco em seu rosto ao reagir por ter sido agarrada e assediada sexualmente por ele em um dos camarotes do festival sertanejo Festeja, no Mega Space, em Santa Luzia, na região metropolitana da capital.
A mulher, que vive em Belo Horizonte e foi ao show acompanhada do marido e de um amigo, conta que estava no camarote “principal” quando, por volta das 23h, o seu companheiro saiu para comprar algo para eles comerem. “Estava com meu amigo quando esse homem chegou, do nada, e me agarrou. Ele me assediou, senti passando a mão de baixo do meu short e minha reação foi jogar o suco. Só que ele revidou me dando um soco na cara”, denuncia.
De acordo com ela, sua boca começou a sangrar imediatamente e a pancada a deixou tonta. Quando o amigo que estava com ela reagiu e partiu para cima do agressor, o homem sacou sua arma e teria tentado fugir correndo, sendo contido pelos presentes na festa. “Só já do lado de fora, conduzidos pelos seguranças que acionaram a PM, descobrimos que ele era um tenente de 29 anos, lotado em Sete Lagoas”, continua a médica.
Entretanto, ainda de acordo com a denúncia da vítima, os problemas continuaram mesmo após uma viatura do batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) que atuava no evento ser acionada para registrar a agressão. “Ele ficou solto o tempo inteiro, brincando, rindo com os policiais que vieram nos atender. Um tenente, inclusive, falou diversas vezes para ele ficar tranquilo, que não precisava se preocupar, como se não fosse dar em nada para ele”, lembra.
Revoltados com o que viam, a mulher, seu marido e o amigo teriam tirado satisfação, questionando se nada seria feito, sendo que eles se exaltaram e acabaram algemados e detidos por desacato. Ainda de acordo com a médica, os militares chegaram a agredir o seu amigo com o cassetete e ele precisou ser levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) São Benedito.
“Na delegacia os policiais civis me receberam muito bem, fizeram o Boletim de Ocorrência da agressão e, nesta terça-feira (13), farei o exame de corpo delito. O problema é que o tenente foi embora da delegacia antes da gente, por conta da ocorrência de desacato”, conta a médica. Ainda conforme a denunciante, uma audiência na Justiça sobre a agressão está marcada para o próximo dia 10 de outubro. “Minha boca ainda está muito inchada, mas o pior é essa sensação de que ele pode sair impune após bater em uma mulher”, finalizou.
Procurada pelo Jornal O Tempo, a organização do Festeja informou que tomou conhecimento do ocorrido durante o evento por meio da reportagem, mas que a equipe de segurança adotou o procedimento correto, em separar a briga e inibir qualquer atrito, acionando a PM. “Lamentamos a situação e nos colocamos à disposição pelo e-mail contato@nenety.com.br”, finaliza a organizadora da festa.
Militar responderá na Justiça comum
De acordo com o comandante do 25º Batalhão da PM, que atende a Sete Lagoas, tenente-coronel Antônio Librelon de Oliveira, como o fato ocorreu em um momento em que o militar não estava em serviço, ele foi registrado como crime comum, e o policial envolvido responderá na Justiça.
Questionado se uma agressão contra uma mulher não deveria ser punida administrativamente, mesmo tendo ocorrido no período de folga do agente, o militar disse aguardar um relatório do 36º Batalhão, de Santa Luzia. “Como eles que registraram o ocorrido, estamos aguardando o relatório para vermos se tem alguma outra transgressão a ser punida pela corporação”, alegou o comandante.
Além disso, a assessoria de imprensa da PM também foi procurada para tratar sobre a denúncia de que os policiais que atenderam a ocorrência teriam “beneficiado” o colega, porém, devido ao horário, informaram que só poderiam se posicionar a partir desta terça-feira (13).
Infelizmente, a mulher (algumas) se escondem atrás do sexo frágil, e praticam atos que nem mesmo um homem tem coragem de fazer com outro!
É incrível o comportamento dessa mulher, pois ela vai a uma casa de shows, e não aceita ser assediada por um homem, que no mínimo estava embriagado; e logo após de uma atitude errada do desse cara, ela se sente no direito de jogar bebida na cara dele, fala sério,!!! Quer justiça? Chama a polícia, mas nao; só depois do supapo que ela tomou , que ela procurou se resguardar, tola!!!
Carlos Eduardo,
A mulher é mulher em qualquer lugar e não deve ser assediada em hipótese alguma.
Já ouviu a frase “MEU CORPO MINHAS REGRAS”?
Então entenda, sem liberdade, sem porta nenhuma para que aquilo aconteça, o cara bêbado ou não, deve respeitar a mulher em qualquer local, dia e hora.
Ser frágil?
O homem só não faz com o outro pra não tomar porrada até morrer, agora vem um PM que deve zelar pela ordem e faz isso????
Como será que ele vai reagir quando tiver que comparecer a uma denúncia de assédio??