A Polícia Civil desarticulou uma quadrilha especializada em explosões a caixas eletrônicos no Estado e prendeu 12 suspeitos de participações nas ações. O grupo, apresentado à imprensa na manhã desta terça-feira (18), é responsável por pelo menos 30 ataques à instituições financeiras, causando prejuízo de aproximadamente R$ 1,5 milhão.
De acordo com o delegado do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), João Prata, a quadrilha era investigada há dez meses.
“Em 2012, quando teve esse ‘boom’ de ataques a bancos, conseguimos prender as duas principais quadrilhas responsáveis por esses crimes em Minas Gerais. Depois disso, ficamos aproximadamente um ano e dez meses sem esses tipo de ocorrência em Belo Horizonte e região metropolitana”, contou.
Após novos ataques no fim de 2015, outra investigação foi iniciada e terminou com a prisão do bando na última quinta-feira (13). O grupo foi preso na cidade de Oliveira, no Central-Oeste do Estado, quando se preparava para mais um crime, dessa vez, no distrito de Morro dos Ferros.
Os integrantes da quadrilha, que residiam em Belo Horizonte, Contagem e Betim, eram bem organizados. “O líder era responsável por fazer levantamentos das agências, rotas de fuga e esconderijos. Já o ‘Frangão’ fabricava os explosivo e aplicava nos caixas eletrônicos. O restante ficava responsável por efetuar disparos nas cidades e contra os policiais “, explicou o policial
Em conversa com a imprensa, o homem apontado como líder do grupo negou os crimes. “A polícia vai ter que provar que participei desses crimes. Não sou santo, já aprontei e fui preso, mas paguei minha pena”, afirmou o suspeito.
Já Frangão não quis se manifestar. Com a prisão dos homens, a equipe do Deoesp acredita que o número de ocorrências dessa natureza vai cair. “As investigações continuam, mas acreditamos que o ‘coração’ da quadrilha está preso. Acreditamos que na região metropolitana e na região Centro-Oeste de Minas ocorrerá uma diminuição significativa de explosões”, finalizou.
Os homens responderão por organização criminosa, porte de armas, roubo e receptação. Juntas, as penas passam de 200 anos de prisão.