Dr. Geraldo Machado: 50 anos de carreira, 47 no HNSG

Dr. Geraldo Machado recebe homenagem em cerimônia do Jubileu de Ouro de Formatura na UFMG.
Dr. Geraldo Machado recebe homenagem em cerimônia do Jubileu de Ouro de Formatura na UFMG.

Dr. Geraldo Cândido Machado está comemorando, em 2016, seu Jubileu de Ouro de Formatura no curso de Medicina. Graduado pela UFMG em 1966, ele concluiu, dois anos mais tarde, sua especialização em Ginecologia e Obstetrícia. Logo em seguida, em 1969, que veio trabalhar em Sete Lagoas, mais precisamente na Maternidade do Hospital Nossa Senhora das Graças.

O médico lembra que, naquela época, apenas 17 médicos faziam parte do Corpo Clínico do HNSG. Além de ginecologista e obstetra, ele também atuava como cirurgião geral, especialidade na qual também é habilitado. 47 anos depois, história para contar é o que não falta para o médico que, ainda hoje, está presente no dia a dia do HNSG.

Atualmente, Dr. Geraldo Machado é médico do trabalho, atuando no SESMT nas manhãs de terça a sexta-feira, e obstetra da admissão da Maternidade, onde atua nas tardes de quarta e quinta-feira. Os plantões no Bloco Obstétrico ele abandonou no fim de 2015 depois de perceber que já havia batido sua meta. “Eu queria parar depois de ter alcançado a meta de 20 mil partos. Então, um belo dia, fui contar e vi que já havia superado bastante esse número”, conta o médico, que já realizou 20.817 partos durante a carreira. “Se a gente olhar a população de muitas cidades aqui perto, acho que só Paraopeba tem mais de 20 mil habitantes. Então eu acho que já trouxe ao mundo gente suficiente para encher uma cidade, né”, comenta.

Primeiro médico da família, natural de Santana de Pirapama, Dr. Geraldo inspirou mais de 40 pessoas da família a seguirem a carreira na medicina. Também foi por suas mãos que nasceram praticamente todos os sobrinhos e sobrinhos netos da família dele e da esposa, D. Patrícia Alves Costa Machado, com quem está casado há 45 anos e teve quatro filhos e seis netos.

Durante mais de vinte anos, Dr. Geraldo conta que participou de todos os Congressos de Ginecologia e Obstetrícia que aconteciam no Brasil. “Um médico nunca pode parar de estudar. Era assim que eu me mantinha atualizado e também como conheci o país praticamente inteiro”, recorda o obstetra que fez questão de acompanhar, durante toda a sua vida profissional, os avanços da medicina.

Com tanto tempo de carreira, Dr. Geraldo relembra como era diferente acompanhar um pré-natal ou fazer um parto décadas atrás. “Não tinha ultrassom, então todo o diagnóstico era baseado em uma avaliação clínica, que tinha que ser muito bem feita. Quando surgiu o ultrassom eu fui fazer um curso de três meses para poder aprender a pedir e a interpretar os exames. O trabalho da gente ficou bem mais fácil, mas o nível de exigência também aumentou muito”, conta.

No dia 19 de outubro, Dr. Geraldo e os colegas de turma foram homenageados pela Associação Médica e pelo Conselho Regional de Medicina de MG. Nos dias 20 e 21, mais homenagens, desta vez na Universidade Federal de Minas Gerais, onde se formou. Na ocasião, ele pôde rever colegas que não via desde a formatura, em 1966. Mas essa foi uma exceção, já que a turma, composta por 100 médicos, se reunia de cinco em cinco anos, até o 35º aniversário de formatura. “Depois disso, a gente viu que precisava se ver com mais frequência e os encontros passaram a ser anuais”, revela.

Dr. Geraldo Machado ainda não pensa em parar de trabalhar. Ele diminuiu o ritmo nos últimos meses e separou as tardes de sexta-feira para ir com a família para sua fazenda, onde passa os fins de semana. “Mas eu quero trabalhar enquanto eu conseguir, porque não consigo me imaginar sem fazer o que eu mais gosto.

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