A proposta de duplicação, com cobrança de pedágio, da Rodovia MG-424, no trecho entre a junção da MG-010 até o município de Sete Lagoas, será debatida pela Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quarta-feira (06).
A reunião, que pretende discutir o impacto da cobrança aos contribuintes, foi solicitada pelos deputados João Leite (PSDB) e Sargento Rodrigues (PDT), e vai acontecer no Plenarinho II, a partir das 15h30.
O edital para as obras de duplicação do trecho prevê a instalação de um pedágio entre os municípios de Pedro Leopoldo e São José da Lapa.
Apesar de serem favoráveis à duplicação, os moradores de Pedro Leopoldo reivindicam a mudança do local da praça de pedágio. Além disso, o trecho específico onde seria instalado o pedágio já estaria duplicado, em virtude das obras realizadas para a Copa do Mundo.
“A necessidade da realização de uma audiência pública sobre a implementação de pedágio na MG 424 surgiu após inúmeras reclamações recebidas da população das cidades afetadas. Outros setores serão afetados pela cobrança, como empresas de transporte de carga, transporte público coletivo e, também, o cidadão que precisa se deslocar até Belo Horizonte e que terá de arcar com um custo adicional durante o mês. A rodovia necessita de melhorias, mas a captação de recursos precisa ser estudada para que a população não seja prejudicada”, afirmou João Leite.
Concessão – Conforme o portal da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), a rodada de audiências públicas referentes à concessão da MG-424, que vai abranger uma extensão de 51 quilômetros, teria sido concluída no dia 21 de novembro. O prazo previsto para a concessão é de 30 anos e o investimento previsto é da ordem de R$1,06 bilhão.
Entre as obras de melhoria previstas estão a duplicação de 12 quilômetros do trecho, a construção de faixas adicionais em 29 quilômetros, acostamento em 10 quilômetros e vias marginais em 3 quilômetros.
Entre os convidados para debater a questão estão o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Murilo de Campos Valadares, além de prefeitos e presidentes de câmaras Municipais das cidades afetadas pela obra.