Brasília – As campanhas eleitorais começam oficialmente na quinta-feira. É a partir delas que os eleitores vão poder avaliar melhor os candidatos que serão eleitos em outubro. Neste pleito, será escolhido o presidente de República, governadores, senadores e deputados. A campanha diminuiu ainda mais e vai durar 45 dias.
Até outubro, os mecanismos para a propaganda eleitoral serão autorizados periodicamente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A expectativa é de quem ficou com pouco tempo de rádio e televisão use as redes sociais para falar diretamente com a população.
O prazo para que os partidos e coligações registrem seus candidatos a todos os cargos políticos termina às 19h de quarta-feira. Teoricamente, é quando todos os nomes devem estar disponíveis. Nem todos, entretanto, deverão chegar às urnas de fato. Um exemplo é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e inelegível e, ainda assim, registrado como nome oficial do partido na corrida pelo Planalto.
Com o início das campanhas eleitorais, a estrutura dos partidos poderá funcionar das 8h às 22h, realizando comícios e fazendo uso de alto-falantes ou amplificadores de som, nas suas sedes ou em veículos.
Nesta quinta, também começa a propaganda eleitoral na internet – permitida desde que não seja paga (impulsionada). Na televisão e no rádio, só começa no dia 31.
“Vai ser uma eleição realmente curta. Por isso é importante que as pessoas estejam atentas ao desempenho dos candidatos e que eles, por sua vez, estejam preparados para trazer ideias e conquistar os indecisos”, explica o cientista político Rogério Cabral, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
“Agora, será mais comum ligar a televisão e encontrar os candidatos pedindo votos. Isso ainda não acontecia por causa da nova legislação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que mudou os prazos. E isso passa a impressão de que estamos todos atrasados. De fato, com menos tempo, a sensação que passa é de falta de tempo”, complementa Cabral.
Militâncias
Com a liberação de propaganda eleitoral nos próximos dias, deve aumentar também a atuação das militâncias na internet – ferramenta que ganha protagonismo após as mudanças aprovadas na reforma política. Diariamente, milhares de pessoas se ajeitam para compartilhar informações sobre os candidatos que defendem. Militantes, partidos políticos e organizações não governamentais (ONGs) treinaram equipes para reagir. Eles devem beneficiar quem tem menos tempo de rádio e de tevê.