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Um idoso, de 62 anos, matou a companheira três dias depois de deixar o presídio em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Eliseu Barbosa da Silva estava preso justamente por causa das agressões contra a mulher.
Ele deixou o sistema prisional no último sábado (29) e nesta terça-feira (2) foi a casa de Delci Pardinho da Silva, também de 62 anos, e a executou com quatro tiros. Depois ele atirou contra a própria cabeça e foi internado em estado gravíssimo.
De acordo com a Polícia Militar, o crime aconteceu na casa da vítima, no Bairro Luizote de Freitas. O suspeito foi a rdisência de Delci e começou uma discussão com ela por causa das denúncias de agressão contra ele que o levaram a prisão. O suspeito sacou uma arma e atirou na cabeça e braços da mulher.
O idoso fugiu de carro e vizinhos acionaram a Polícia Militar. A vítima foi levada para o Pronto-Socorro do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), mas já chegou sem vida na unidade de saúde.
Os militares começaram a fazer buscas para encontrar o suspeito. A polícia foi informada que um homem havia efetuado um disparo de arma de fogo contra si mesmo em um posto de combustíveis localizado na BR-497. Quando chegaram ao local os militares viram que era o suspeito de matar Delci.
Dentro do carro do idoso foram encontrados um revólver calibre 32 com numeração raspada, três estojos de munição deflagrados, cinco munições intactas e duas deflagradas. A perícia da Polícia Civil esteve no local do crime e realizou os trabalhos.
A assessoria de imprensa do HC-UFU informou que o homem está internado em estado gravíssimo e corre risco de morte. Um filho do casal acompanhou o registro da ocorrência. O corpo de Delci foi encaminhado ao o Instituto Médico Legal (IML) da cidade.
A informou Secretaria de Administração Prisional (Seap) informou que Silva deu entrada no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, na última quinta-feira (27) e no domingo (29) ele “alcançou a liberdade provisória, sem fiança, sendo beneficiado com alvará de soltura concedido pela Justiça”, ressaltou a Seap.
Medida protetiva é importante, diz delegada
A delegada Alessandra Rodrigues Cunha que atua na Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher de Uberlândia contou que a vítima tinha medida protetiva contra o suspeito e que ela já tinha sido agredida por ele outras vezes. Segundo a delegada, mesmo que não tenha como evitar 100% dos feminicídios, a medida protetiva é muito importante.
“Nesse caso específico a medida protetiva não teve sucesso, mas esse foi um caso em meio há vários que temos em que a medida funciona. Só de o homem saber que ele pode ser preso se agredir a mulher, isso já causa medo. Agora se a mulher fica calada e não denuncia a agressão a chance de se chegar a um feminicídio é muito maior. O silêncio piora tudo”, explicou a delegada.