Com o objetivo de combater o crime de estelionato na modalidade de fraudes com cartões de crédito, na cidade de Sete Lagoas, região central de Minas Gerais, a Polícia Civil deflagrou, no dia 28 de dezembro, a operação “Sem Limite”.
As investigações foram iniciadas em setembro de 2018, quando a equipe de policiais civis daquela cidade identificou que indivíduos estariam utilizando de dados de terceiros para solicitar cartões de crédito perante instituições financeiras diversas, sem o conhecimento das vítimas. Depois de adquiridos os cartões, os suspeitos realizavam empréstimos e compras, tanto fisicamente nos estabelecimentos da cidade, quanto pela internet.
A Polícia Civil chegou, então, a dois grupos que operavam de forma autônoma no município: um deles formado por Vitor Magno Barbosa Thomaz Teixeira, Lucas Antônio Cordeiro de Lima e Adailson Mendes Pereira e um segundo grupo composto por Thales Henrique dos Santos da Silva, Gabriel Benfica Lustosa e Pedro Henrique Pontello Ferreira.
A Delegada Fernanda Mara de Assis Costa, responsável pelas investigações, destacou que os investigados possuíam vida de luxo e exibiam veículos de alto valor monetário, joias e viagens incompatíveis com a ocupação declarada pelos suspeitos. ¿Não raramente, ostentavam todos os bens e valores adquiridos com a prática criminosa em suas redes sociais¿, observou a Delegada.
Na data da operação, foram realizados os cumprimentos de mandados, que resultaram na apreensão de diversos cartões de crédito em nome de terceiros, R$ 10.419 em dinheiro, joias, máquinas de cartões de crédito, diversos aparelhos celulares e notebooks. Foram apreendidos ainda, nas casas dos suspeitos, quatro veículos de luxo, sendo eles um Toyota/Corolla, uma caminhonete GM/Chevrolet S10, um Fiat/Bravo e uma Range Rover/Evoque, cujos valores somados podem chegar a aproximadamente R$ 500 mil.
No interior do veículo Range Rover, a Polícia Civil encontrou uma pistola Taurus, calibre.380. O suspeito que estava com o carro foi conduzido para a Delegacia da Polícia Civil e autuado em flagrante delito pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
NOTA:
O advogado Roberto Campos Avelar, representante de Pedro Henrique Pontelo, inconformado com o conteúdo da matéria entrou em contato com a redação do site Tecle Mídia e informou que o seu cliente (apontado como um dos integrantes do grupo) não possui nenhuma ligação com a referida organização criminosa, nem mesmo conhece os envolvidos na operação.
“Foi realizada uma pesquisa junto a Polícia Civil de Sete Lagoas e apurei cada uma das ocorrências registradas na data noticiada. Nenhum dos boletins relata absolutamente nada do que foi divulgado. Nada foi encontrado na residência dele”, declarou o advogado.
Uma cópia da ocorrência foi encaminhada para a redação do Site pela defesa de Pedro Henrique. No histórico, aparecem as descrições do cumprimento de mandado e apreensão realizado na residência do suspeito. Dentre outras informações registradas, a equipe de investigadores descreve que “na presença da testemunha, iniciamos os nossos trabalhos, contudo nada de ilícito foi encontrado na casa”.
