Vereadores avaliam, em comunicação pessoal, renúncia de Leone ao cargo de prefeito

A renúncia de Leone Maciel ao cargo de chefe do Executivo municipal tomou conta da comunicação pessoal dos vereadores durante a Reunião Ordinária realizada nessa quinta-feira (07). Depois que a primeira secretária Marli de Luquinha (PSC) leu a carta do ex-prefeito justificando a decisão, os parlamentares subiram até a tribuna para analisarem a situação inesperada por que passa a cidade.    

Gilson Liboreiro (PHS) foi o primeiro a se manifestar e disse que “a gente fica triste, a gente tem que torcer e desejar que tudo nessa cidade tenha sucesso. Essa renúncia não afasta, de forma alguma, nosso objetivo primeiro de colocar o município nos trilhos. Temos que continuar insistindo com o pagamento do funcionalismo”.

Na sequência foi a vez de Milton Martins (PSC) lamentar que “chegou a um ponto muito pior do que eu falava. O prefeito tinha que renunciar mesmo”. O vereador, com informações do DIEESE, afirmou que “houve um aumento da arrecadação do município em torno de R$ 100 milhões. A gente fica pensando de quem é a responsabilidade”, sobre a falta de pagamentos dos servidores e também da ausência de respostas para a Câmara.

Para Dr. Euro (PP), “todo processo traumático é ruim para a cidade, deixa sequelas graves. O ideal é tudo funcionando e o funcionalismo pago, mas, infelizmente, deu tudo errado. Para a cidade é muito ruim porque estamos parados a muitos meses e continuando na incerteza”.

Renato Gomes (PV) buscou na memória uma entrevista do ex-presidente Itamar Franco que buscava isolamento para buscar soluções para os problemas. “Eu não poderia pensar diferente que Leone tenha tentado fazer isso em várias situações para que Sete Lagoas pudesse caminhar em paz, mas no seu isolamento isso não foi possível”, refletiu.

A falta de comunicação foi uma das falhas mais graves da gestão do ex-prefeito Leone, de acordo com Fabrício Nascimento (PRB). “Acredito que a renúncia deveria também vir com algumas respostas. Hoje estamos sem saber que direção tomar. Estamos com as calças nas mãos. Quem vai se responsabilizar pelos questionamentos feitos aqui durante Audiência Pública. Quem vai dar respostas ao funcionalismo e também para a Câmara Municipal”, questionou.

Os mais de R$ 125 milhões retidos pelo Governo do Estado foi uma das causas apontadas por Marcelo Cooperseltta (MDB) para a renúncia. O vereador pregou união para a cidade atravessar a crise. “Temos que unir todos os poderes e tentar resolver a questão. O que vem na minha cabeça é quanto pior melhor, porque pode aparecer o salvador da pátria. Existe a possibilidade de Caramelo assumir a prefeitura. Quero saber se alguém vai propor trancar a pauta. Nós temos é que resolver”, pregou Marcelo que perguntou ainda quem ganha com a saída de Leone.

O presidente Cláudio Caramelo (PRB) encerrou as manifestações e ponderou que “a palavra de momento é união. É muito ruim para a cidade. Não só a Câmara, mas para todos que gostam da política o momento é de unir. Se não tivermos cabeça fria e pensar no coletivo fica difícil. Fiquei muito triste porque a população acreditava muito no Leone, foi eleito com mais de 50 mil votos. Nesse momento ninguém está ganhando. Ficar procurando culpado não é melhor solução”, reforçou.

Na pauta de votações todos os textos foram aprovados a exceção das proposições da vereadora Marli de Luquinha que esteve ausente durante a votação. Clique aqui e confira a pauta completa.

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