O crime aconteceu nesse domingo (29), no bairro Residencial Visão, em Lagoa Santa, e vizinhos à casa onde a jovem morava contaram à polícia que, após efetuar os disparos, o suspeito fugiu do lugar em um carro Fiat Uno Mille da cor vermelha. Até a publicação desta matéria, o homem ainda não tinha sido encontrado. Ele e a ex-companheira, Márcia, eram naturais do Espírito Santo, mas moravam em Minas Gerais há algum tempo.
A mãe de Márcia foi a última pessoa a encontrar a filha ainda com vida. Quando os militares chegaram à residência, encontraram o corpo da jovem caído em um dos corredores internos do imóvel, já sem quaisquer sinais vitais.
Aos agentes, a mulher de 54 anos contou que sua filha recebia ameaças de morte feitas pelo ex-companheiro desde o término do relacionamento, assim como ela própria era ameaçada pelo ex-genro. Assim, para tranquilizar a filha, a mulher decidiu ir para a casa dela, onde passaram o Natal juntas na última quarta-feira (25).
Nesse domingo (29), mãe e filha escutaram sons de carro passando pela rua ao longo de toda manhã e início de tarde, além de buzinas na frente do portão. Algum tempo depois dos chamados sonoros, Márcia ouviu seu nome sendo gritado na porta e decidiu ir até lá atender.
Segundos depois da filha abrir o portão, a mãe dela ouviu inúmeros sons de disparo e encontrou Márcia tentando escapar, correndo para dentro de casa e sangrando bastante. A jovem caiu no chão e ao tentar socorrê-la, a mãe perguntou quem teria feito aquilo com ela, ao que a filha respondeu apontando o nome de seu próprio ex-companheiro. Em seguida, ela não resistiu aos ferimentos e morreu ali mesmo.
Envolvimento com o crime
Além de ser suspeito de assassinar a jovem, o ex-companheiro também é apontado pela mãe dela como suspeito de cometer crimes de falsificação. No quarto da mulher assassinada, policiais encontraram cédulas de identidade em branco, cartões de crédito e débito em nome de terceiros em branco, equipamentos para marcação de documentos, computadores e celulares. Segundo a ex-sogra do suspeito, sua filha nunca o denunciou por temer que ele a matasse.