TCU aponta 16 candidatos em Sete Lagoas que receberam auxílio emergencial

Sete Lagoas / Foto reprodução

Em Sete Lagoas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, 16 nomes de candidatos a prefeito e vereador aparecem na lista do Tribunal de Contas da União (TCU) por terem solicitado e recebido o auxílio emergencial do Governo Federal, mesmo tendo declarado à Justiça Eleitoral patrimônios superiores a R$ 300 mil.

Chama a atenção o nome do ex-prefeito e atual postulante ao cargo, Emílio de Vasconcelos, que é citado na relação como se tivesse recebido o auxílio residual de R$ 300. A solicitação do benefício, segundo o TCU, teria se dado por meio do aplicativo da Caixa Econômica Federal, mas fora cancelado depois da verificação do Tribunal.
Pelas redes sociais, Emílio de Vasconcelos se pronunciou sobre o assunto e explicou que, assim que detectou o depósito em uma conta poupança, tratou de devolver a quantia.
“Embora eu não tenha feito cadastro algum no aplicativo da Caixa, o valor foi depositado em uma conta poupança minha que não movimento. Assim que vi o valor depositado, emiti uma GRU e devolvi o dinheiro para os cofres da União. Também solicitei o bloqueio de qualquer outro valor que estivesse programado. Tudo isso antes da divulgação da Lista do TCU onde meu nome consta”.
Vasconcelos ressaltou ainda que o TCU não afirma que os beneficiados tenham solicitado o auxílio, podendo ser vítimas de fraude. “Na nota em que divulga a lista o próprio TCU ressalva que ‘há risco de fraudes estruturadas com dados de terceiros’, pois como todos sabem, qualquer um pode fazer o cadastro em nome dos outros se tiver os dados”.


No site, o Tribunal de Contas da União afirma que ‘os resultados são apenas indícios de renda incompatível com o auxílio; que há risco de erro de preenchimento pelo candidato ou haver risco de fraudes estruturadas com dados de terceiros‘.
Dentre os candidatos a vereador não há nenhum parlamentar que tenta a reeleição. Há uma candidata que apresentou patrimônio no valor de R$ 1,2 milhão. Outros sete possuem bens avaliados entre R$ 600 mil e R$ 920 mil. Já outros sete declaram ao Tribunal Regional Eleitoral terem patrimônios entre R$ 300 mil e R$ 600 mil.

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