Ocupação de leitos de UTI para Covid-19 bate novo recorde em BH e chega a 83,5%

Taxa considera o número de leitos disponíveis nas redes pública e privada de saúde da capital; ocupação de leitos de enfermaria também subiu

Prefeitura enfrenta dificuldades de ampliar número de leitos por falta de pessoal
Foto: Daniel de Cerqueira / O Tempo

A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com Covid-19 subiu novamente em Belo Horizonte e chegou a 83,5% nesta terça-feira (5), de acordo com o boletim epidemiológico da prefeitura. A taxa permanece em nível de alerta vermelho e é a maior registrada na capital desde que o Executivo passou a considerar os números das redes pública e privada de saúde, no dia 5 de agosto do ano passado. Nesta segunda-feira, o índice era de 80,5%.

Quando considerados apenas os leitos de UTI da rede suplementar, a taxa de ocupação é ainda maior: 85,6%. Na rede pública, 81,1% dos leitos de terapia intensiva para o tratamento de coronavírus estão ocupados.

A taxa de ocupação dos leitos de enfermaria para Covid-19 também subiu e chegou a 67,3% nesta terça-feira. Na rede suplementar, a situação é novamente mais crítica: 69,7% dos leitos estão ocupados, enquanto na rede pública esse índice é de 65,7%.

A ocupação dos leitos de enfermaria segue em nível de alerta amarelo, mas se aproxima do nível de alerta vermelho, o que acontece quando a taxa ultrapassa os 70%. Nesta segunda-feira, o índice estava em 64,4%.


O RT, que mede o número médio de transmissões por infectado, também aumentou de um dia para o outro, de 1,06 para 1,07, e está em nível de alerta amarelo. A taxa significa que cada grupo de cem pessoas transmite o coronavírus para outras 107.

Atualmente, Belo Horizonte soma 65.141 casos confirmados de Covid-19, dos quais 3.406 seguem em acompanhamento. A cidade registra 1.901 óbitos pela doença, seis a mais do que no dia anterior.


Na última semana, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, afirmou que o município enfrenta dificuldades para ampliar o número de leitos por falta de profissionais. “Estamos com um problema grande de pessoal, essa é uma época em que muitas pessoas tiram férias, os médicos também tiram férias de vez em quando, e as equipes, principalmente os intensivistas, estão saturadas de tanto trabalho, cansadas, desalentadas pelo número de pessoas que estão tendo que atender”, afirmou.

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