Elon Musk, homem mais rico do mundo, compra o Twitter por US$ 44 bi

Foto: Britta Pedersen / POOL / AFP

NOVA YORK — O Twitter aceitou a proposta de compra feita por Elon Musk, o homem mais rico do mundo, após uma reunião entre o empresário e executivos da rede social no domingo.

A oferta feita por Musk, fundador da gigante de carros elétricos Tesla e da companhia espacial Space-X, aos acionistas prevê o pagamento de US$ 54,20 por ações, o que avalia a plataforma em US$ 44 bilhões, um preço 38% acima do valor em Bolsa da empresa em 1º de abril, antes da proposta do bilionário.

É assim uma das maiores aquisições da história. Com 16 anos de existência, a rede social que virou um fórum de debate público em vários países vai se tornar, agora, uma empresa de capital fechado. E, segundo analistas, deve ter sua política de moderação de conteúdo revista.

Crítica à moderação de conteúdo

Musk já declarou ser contra qualquer tipo de marcação de conteúdo indevido ou de suspensão de publicações, sob o argumento de que defende a liberdade de expressão. E sua proposta de compra do Twitter foi saudada por políticos americanos de direita.

As ações do Twitter, que dispararam no mercado, tiveram suas negociações temporariamente suspensas por causa da operação. Voltaram a ser negociadas após o anúncio, com alta de 6%.

A oferta hostil — ou seja, não solicitada nem comunicada previamente aos acionistas — de Musk pelo Twitter a princípio foi rechaçada pelos executivos da rede social. A empresa chegou a adotar um mecanismo, conhecido como ‘poison pill’ (ou pílula do veneno, numa tradução livre) para dificultar sua compra.

Por esse mecanismo, caso houvesse compra de 15% ou mais das ações do Twitter no mercado, sem aprovação prévia do Conselho de Administração da companhia, a parte que assumisse o controle da empresa pagaria um valor extra aos acionistas atuais.

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