O delegado Fábio Moraes Werneck, responsável pelo inquérito, informou que a vítima foi morta em outro local, que ainda não se sabe, e depois levada até o campo. Paulo utilizou um carrinho de mão e nele estaria o corpo da criança. Imagens de câmeras de segurança mostraram o homem empurrando o carrinho.
As investigações apontam que Bárbara sofreu violência sexual e foi asfixiada. A cronologia do crime, no entanto, ainda é desconhecida. O corpo da criança foi abandonado no campo, por volta das 21h30, de 31 de julho, dia em que ela desapareceu após sair de casa para comprar pão.
Paulo Sérgio suicidou-se na casa de uma tia, no bairro Cachoeirinha, na região Nordeste de Belo Horizonte. A investigação prossegue, mesmo após a morte dele. Detalhes da investigação estão em sigilo, pois o inquérito não foi concluído. Diligências seguem sendo feitas pelos policiais.
Relembre o crime
Bárbara Victória, de 10 anos, saiu de casa para comprar pão na tarde de 31 de julho, em Ribeirão das Neves, e desapareceu. A família da menina começou a divulgar fotos da criança e a pedir ajuda para encontrá-la.
No dia seguinte (1º), os parentes tiveram acesso a imagens de segurança, que flagraram Bárbara andando pela rua segurando uma sacolinha. As imagens também mostram a menina com um homem. Os dois chegam a conversar. Em outro vídeo, registrado à noite, revela o mesmo homem empurrando um carrinho de mão.
A polícia, então, foi até a residência de Paulo Sérgio. Primeiramente, ele negou que conhecia a criança. No entanto, o filho dele confirmou que era o pai quem aparecia nas gravações. O homem acabou confessando que conhecia a menina e a mãe dela, já que havia ido à casa da família para fazer um reparo da rede elétrica. O suspeito foi ouvido na delegacia e liberado.
Corpo de Bárbara é achado em campo de futebol
O mistério sobre o desaparecimento de Bárbara continuou até o dia seguinte (2 de agosto), uma terça-feira, quando o corpo da criança foi encontrado em um campo de futebol, a 550 metros da casa da família, por uma vizinha, Kate Alves, de 27 anos. A menina estava sem os shorts que vestia no dia do desaparecimento. O suspeito forneceu material genético para exame de DNA.
O velório da menina foi realizado no dia 3 de agosto, uma quarta-feira, ocasião em que a família clamava por justiça. No mesmo dia, o homem de 50 anos, suspeito da morte de Bárbara, é encontrado morto na casa da tia dele, em Belo Horizonte. O suspeito teria ido até a casa da parente por risco de linchamento em Ribeirão das Neves e lá se enforcou.