Mineira de quatro anos é uma das pessoas mais jovens a ingressar ‘clube’ de super-inteligentes

Foto: Arquivo pessoal

Com apenas quatro anos de idade, uma mineira se tornou uma das pessoas mais jovens a integrar um clube mundial de pessoas com alto quociente de inteligência (QI), o Mensa Internacional. Nina Christo Bianchetti é moradora de Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte, e também a criança mais jovem de Minas Gerais na lista.

Carolina Christo, mãe de Nina, é escritora e tradutora, e conta que a criança sempre demonstrou possuir um desenvolvimento mais acelerado. Carolina definiu a filha como uma ‘esponginha’. “A gente mostrava uma coisa uma ou duas vezes e ela já guardava. Ela tinha uma capacidade de atenção muito grande, mesmo quando bebezinha, com 6 meses, folheando livros”, contou.

Entretanto, foi quando Nina completou um ano e meio que a família decidiu procurar um profissional para acompanhar o desenvolvimento da criança. “A gente começou a ficar com a pulga atrás da orelha, porque ela fazia uns desenhos avançados pra um bebê, não eram rabiscos, e começou a escrever algumas letras”.

A partir do aconselhamento de psicólogos, a própria Carolina começou a fazer um acompanhamento escolar mais avançado com a filha. Os pais, inclusive, decidiram não contar à coordenação da escola sobre as habilidade de Nina, e deixaram que o próprio colégio entrasse em contato quando percebessem. “Queríamos que eles conhecessem a Nina. Daí, depois de um tempo a coordenadora me disse que ela tinha feito alguns testes com a Nina, e que ela estava muito avançada. Agora a Nina vai começar a fazer algumas atividades com uma turma mais avançada e a expectativa é que ela seja acelerada no ano que vem”.

A principal preocupação de Carolina era de o QI muito alto de Nina acabasse se tornando uma pressão para ela e, por isso, a família faz um acompanhamento com uma neuropsicóloga. “Queremos que ela crie vínculo com essa turma antes de ir de vez pra lá”, explicou Carolina sobre a possibilidade de Nina ser adiantada nos estudos, “a maioria das crianças com essa condição não recebe acompanhamento adequado e isso acaba resultando em ansiedade, desmotivação, recusa a ir a escola”.

Aos quatro anos, Nina já leu centenas de livros, inclusive em inglês. De acordo com Carolina, a filha também está gostando muito de estudar matemática e a vontade de aprender parte dela. “Ela sempre pergunta muito, sem parar, até acabarem as perguntas”, contou.

O que é o Mensa

Há cerca de um mês, a família de Nina decidiu tentar uma vaga para ela no Mensa, um “clube” de pessoas com QI muito alto. Eles enviaram as avaliações e testes feitos pela neuropsicóloga da criança e ela foi aceita. Carolina acredita que, ao participar deste clube, Nina poderá participar de mais atividades lúdicas com pessoas parecidas com ela.

“Aqui no Brasil começaram agora com o programa jovens brilhantes, daí terão oficinas de xadrez, treinamentos para olimpíadas de matemática, encontro dos membros para as crianças conhecerem seus pares”, explicou. Os pais de Nina também esperam que ela tenha mais benefícios no futuro, como uma possível bolsa em alguma instituição de ensino, além da participação em eventos fora do Brasil.

O Mensa foi criado em 1946 na Inglaterra e é uma associação sem fins lucrativos. O grupo já está presente no Brasil há 20 anos e atua em mais de cem países. Os principais objetivos da instituição são a identificação de pessoas com QI alto, contribuir com pesquisas científicas sobre QI e oferecer auxílio aos seus membros, a partir de um ambiente mais estimulante.

No Brasil, o Mensa já possui 174 membros menores de idade, entre 3 e 17 anos. Em Minas Gerais, são 12 crianças e adolescentes. Para ser aprovada, a pessoa precisa ter um QI com percentil mínimo de 98 em relação aos indivíduos da mesma idade.

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