Uma adolescente de 14 anos foi mordida por um tubarão na Praia de Piedade, no Grande Recife, no início da tarde desta segunda-feira (6). Ela foi encaminhada para o Hospital da Restauração, no Derby. De acordo com pessoas que estavam na localidade, a vítima teve parte do braço esquerdo arrancado e a barriga mordida. Logo após o incidente, um homem tentou entrar no mar na mesma praia.
Outro adolescente de 14 anos, que também foi mordido por um tubarão neste domingo (5), na Praia de Piedade, precisou ter a perna direita amputada. É o que informa o novo boletim médico divulgado na manhã desta segunda-feira pelo Hospital da Restauração, localizada na área central da capital, para onde ele foi enviado logo após a ocorrência.
O garoto foi a 76ª pessoa a ser mordida por tubarão em Pernambuco, e a 15ª em frente à Igrejinha de Piedade, local com o maior número de incidentes com o animal até hoje no estado. O banho de mar no local é proibido, por decreto, desde julho de 2021. Desde 1999, no entanto, são proibidas práticas esportivas, mergulho e natação.
Segundo o boletim médico, o adolescente teve o membro amputado durante o procedimento cirúrgico ao qual foi submetido no domingo, que contou com a presença de especialistas em Traumatologia e Cirurgia Vascular. O garoto recebeu alta da UTI, mas continua internado, agora na enfermaria, com quadro de saúde estável e sem previsão de alta hospitalar.
Ainda de acordo com o hospital, ele e a família estão sendo acompanhados pelas equipes de Serviço Social e de Psicologia do hospital.
Há menos de 15 dias, Pernambuco presenciou outro incidente do tipo: na segunda-feira de Carnaval, um surfista, que também estava em uma área proibida, foi mordido por um tubarão na Praia dos Milagres, em Olinda.
A gestão estadual tem acompanhado incidentes, mas não investe em pesquisa e monitoramento de tubarões há quase dez anos. Em 2004, o Projeto de Pesquisa e Monitoramento de Tubarões no Estado de Pernambuco (Protuba), uma parceria da Secretaria Estadual de Defesa Social (SDS) com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) foi feita para reduzir o número de incidentes com esses animais no Estado, mas o convênio deixou de ser renovado em 2014 por questões jurídicas.
