Motorista de ônibus acidentado com torcedores do Corinthians recebe alta após transferência para unidade médica em Betim

oto: Rodney Costa/Folhapress

Em uma reviravolta na história do acidente envolvendo torcedores do Corinthians, o motorista do ônibus que capotou na rodovia Fernão Dias, na Grande BH, saiu da Unidade de Tratamento Intensivo (CTI) e agora encontra-se em recuperação na ala de clínica médica do Hospital Regional de Betim. Com 39 anos, o motorista enfrenta um estado de saúde delicado, mas responde positivamente aos cuidados médicos.

A notícia sobre a alta do motorista surge após a transferência de outro paciente, de 29 anos, que estava em observação na unidade de clínica cirúrgica do Hospital Regional. Ele foi encaminhado para o Complexo Hospitalar São Francisco, em Belo Horizonte, com o propósito de realizar um procedimento cirúrgico que não poderia ser conduzido na unidade de Betim.

Entretanto, os holofotes permanecem sobre o motorista do ônibus acidentado. Enquanto recebe assistência médica, ele se tornou o foco de uma investigação por parte da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Os trágicos desdobramentos do acidente que custou a vida de sete torcedores corintianos e deixou outros 36 feridos levantam questões sobre a conduta do condutor.

A situação do motorista é complexa, visto que além de ser o condutor do ônibus, ele é o proprietário da empresa responsável pela viagem. Porém, a empresa em questão não possui registro ou autorização para operar transporte interestadual de passageiros. Além disso, informações sobre o ônibus revelam que o mesmo circulava com o tacógrafo vencido há três anos, acumulando 31 multas não pagas no sistema de Registro Nacional de Infrações de Trânsito (RENAINF), totalizando R$ 4.196,75 em penalidades.

Enquanto as investigações continuam, a possibilidade de acusações de lesão corporal culposa e homicídio culposo paira sobre o motorista. Caso a investigação aponte sua responsabilidade, a pena a ser imposta considerará o número de vítimas e feridos no trágico acidente. O evento, que ocorreu na madrugada de um domingo em agosto, deixou uma marca indelével na comunidade corintiana e evidenciou a necessidade de maior fiscalização e responsabilidade no transporte de passageiros.

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