Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de bebê de 1 ano e 10 meses com suspeita de maus-tratos em MG

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de uma bebê de 1 ano e 10 meses que estava em investigação desde agosto de 2023 por suspeita de maus-tratos em Monte Verde, distrito de Camanducaia (MG). O documento apontou causa de morte natural e foi arquivado.

A médica da Santa Casa, à época, teria suspeitado de maus-tratos e acionado a polícia após a internação. Os pais da criança chegaram a ser presos, mas foram soltos devido à falta de pedido de prisão preventiva do juiz.

Na conclusão do inquérito policial, os laudos não apontaram qualquer tipo de violência, com causa indeterminada. As conclusões periciais indicaram morte natural da criança.

Segundo a Polícia Civil, o procedimento foi arquivado por não apresentar sinais de crime.

A Polícia Civil começou a investigar a morte da criança no dia 12 de agosto de 2023. A suspeita era de maus-tratos.

Segundo o boletim de ocorrência, na sexta-feira (11), a mãe levou a criança até o hospital de Monte Verde, distrito de Camanducaia, junto com o avô. Lá, a médica de plantão identificou que a menina precisaria ser entubada, porém, não foi possível devido ao seu quadro clínico.

A criança então precisou ser transferida para a Santa Casa de Camanducaia. De acordo com o BO, a médica informou aos policiais que a menina deu entrada no hospital com sangramento na boca e nariz e em coma. Diante disto, ela foi entubada.
Ainda conforme o BO, a médica responsável pelo atendimento relatou que a criança estava com forte odor de mau cheiro, suja de fezes e xixi, além de desidratada. A bebê também apresentava alguns hematomas na região dos quadris, nádegas, costela, antebraço, sangramento oral e nasal e com dificuldades respiratórias.

Com o quadro de saúde da paciente, ela seria transferida para o hospital Samuel Libânio em Pouso Alegre (MG). Porém, segundo o BO, a menina chegou sem vida na unidade.

Suspeita de maus-tratos
Segundo consta no BO, em Pouso Alegre, o médico responsável pelo atendimento também confirmou que a criança estava com lesões, principalmente nas partes íntimas, além da suspeita de um hematoma na cabeça do lado esquerdo.

Diante dos relatos médicos para a Polícia Militar, os pais da criança foram presos em flagrante em Camanducaia.

O casal, de 24 e 28 anos, foi levado para a delegacia de plantão de Pouso Alegre (MG). Eles foram representados por um defensor público.

Ainda conforme as informações do boletim de ocorrência, os avós da criança disseram aos policiais que os pais cuidavam bem da menina, porém o casal brigava bastante. A mesma situação foi relatada por vizinhos aos militares.

O corpo de bebê foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para ser submetidos a exames. A liberação será feita após o término dos trabalhos da perícia.

Ainda no dia 12 de agosto, a Polícia Civil informou que os pais foram encaminhados para o sistema prisional no período da manhã. Porém, no início da tarde, a juíza responsável pelo caso, Patrícia Vialli Nicolini, decretou o relaxamento da prisão, cancelou a audiência de custódia que seria realizada de tarde e o casal foi liberado.

O motivo da liberação seria porque a autoridade policial e o promotor de Justiça não pediram prisão preventiva do casal e por não haver ainda o laudo necroscópico.

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