Embora a renda média dos mineiros continue abaixo da média nacional, Minas Gerais registrou, em 2023, os melhores dados referentes à renda de seus moradores desde o início da série histórica, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 12 anos. Conforme dados divulgados nesta sexta-feira (19), o crescimento nacional da renda foi de 7,5% em relação a 2022, enquanto em Minas o incremento chegou a 13,9%.
A média nacional da renda em 2023, de acordo com a PNAD Contínua, foi de R$ 2.846 e a mineira de R$ 2.753 – uma diferença de R$ 93. Vale lembrar que, em 2012, quando foi iniciada a pesquisa, a diferença entre a renda dos mineiros e a média nacional era de R$ 297.
Entre os moradores do Estado com rendimento, 63,6% possuem ganhos a partir do trabalho (sem diferenciar o formal do informal). Aposentadoria e pensão são apontados como fonte de renda por 19,1%, enquanto 2,9% atribuem a renda ao recebimento de pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador. Aluguel e arrendamento aparece como renda para 3% da população mineira e 11,5% têm outras formas de rendimento não especificadas pelo IBGE.
A pesquisa indicou ainda que 14,6 milhões de residentes em Minas Gerais possuem alguma forma de rendimento – equivalente a 67,7% da população do Estado.
Ainda segundo o instituto, Minas deixou de ser o Estado da região Sudeste com maior percentual de domicílios que receberam rendimentos de programas sociais do governo – em 2023, esse posto passou a ser do Rio de Janeiro.
No ano passado, 13,7% das casas em Minas tinham rendimentos ligados a benefícios públicos, como o Bolsa Família, enquanto nacionalmente o percentual é de 19,0%.