Bebê indígena morre em UPA de Brumadinho, e comunidade denuncia negligência

Bebê morreu após dar entrada na UPA nesta sexta-feira | Foto: Redes sociais / reprodução

A morte de uma bebê indígena de um mês e 25 dias na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, é investigada por suposta negligência. Nesta sexta-feira (5 de junho), indígenas da comunidade Naô Xohã, da etnia Pataxó, realizaram um protesto na porta da unidade de saúde. A prefeitura afastou um médico de maneira preventiva. 

Segundo a denúncia, a bebê estava com quadro de sangue nas fezes. Há quatro dias, ele foi levado para a UPA pela mãe. Um médico, no entanto, teria liberado a criança e receitado dipirona. Contudo, o quadro não melhorou. Nesta sexta, a criança deu entrada novamente na unidade, mas não resistiu e teve a morte confirmada.

Durante o protesto, os indígenas apresentaram um ofício notificando a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU), a Prefeitura de Brumadinho e forças de segurança.

Após a repercussão do caso, a Prefeitura de Brumadinho informou ter afastado o médico envolvido na denúncia “até que os fatos sejam esclarecidos”. O município também disse ter “instaurado um processo investigativo para apurar as circunstâncias da morte”.

“Destacamos que a criança recebeu prontamente todos os cuidados pela equipe médica da emergência, que se empenhou ao máximo para reverter a situação. Informamos que não houve negativa no atendimento à criança, assim como em qualquer outro atendimento realizado no município”, concluiu.

A Polícia Civil foi procurada pela reportagem. O conteúdo será atualizado quando houver um posicionamento. 

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