A Justiça decidiu soltar os dois acusados de terem matado Lucas Elias Vieira, um torcedor do Cruzeiro, durante uma briga entre membros da Galoucura e da Máfia Azul, no dia 2 de março deste ano, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. A decisão foi proferida na manhã desta segunda-feira (4), após o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) decidir não denunciá-los.
Em nota, a defesa comemorou a decisão: “Desde o início, Robert e Victor se declararam inocentes, sendo ambos primários, sem antecedentes criminais e possuidores de ocupação lícita. Ficou claro que a decisão de soltura proferida pelo Magistrado reflete o que se espera do Poder Judiciário”.
Lucas Elias Vieira, de 28 anos, era entregador e tinha uma filha de dois anos. Conhecido como ‘Bidu’, Lucas foi baleado durante o confronto e chegou a ser encaminhado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo familiares, ele era ‘trabalhador’ e uma pessoa ‘do bem’.
De acordo com a Polícia Militar, membros da Galoucura que estavam em um Voyage emboscaram integrantes da Máfia Azul e efetuaram disparos contra eles na Avenida Tereza Cristina, na região do Barreiro. Durante o confronto, outros dois torcedores também foram baleados e encaminhados à UPA do Barreiro, no bairro Diamante.
Após o ataque, Robert Xavier Soares e Victor Marcelo Rocha Santiago tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pela juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto. Na época, a Justiça decidiu manter a prisão dos dois suspeitos, destacando que o ataque colocou em risco “a vida e a integridade não somente de torcedores como também de cidadãos comuns, expostos à truculência dos atos extremos do odioso contexto de violência que lamentavelmente impera entre as torcidas.” Segundo a juíza, o “extermínio banal de vidas humanas meramente por torcerem para times distintos justifica a decretação da prisão preventiva dos autuados, para a garantia da ordem pública”.
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