Operação mira influenciador de BH suspeito de promover rifa ilegal; Justiça bloqueou R$ 25 milhões

Veículos de luxo, itens de grife e joias foram apreendidos na residência dos influenciadoresFoto: PCPR / Divulgação

Um influenciador digital de Belo Horizonte foi alvo de uma operação contra a promoção de rifas nas redes sociais na manhã desta terça-feira (20 de agosto). A Polícia Civil do Paraná (PCPR), com o apoio da instituição de Minas Gerais, cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do investigado por lucrar com o prejuízo financeiro dos seguidores. 

A operação ocorre, simultaneamente, em Belo Horizonte, em Rio Branco do Sul, no Paraná, e em Itapema e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos influenciadores digitais. À pedido da polícia, a Justiça bloqueou R$ 25 milhões que teriam sido levantados pelos investigados no último ano pela prática ilegal. 

Veículos de luxo, itens de grife e joias foram apreendidos na residência dos influenciadores. Conforme o delegado da PCPR Gabriel Fontana, os crimes apurados são, além da promoção das rifas ilegais, lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime contra a economia popular. 

“Apesar de terem se tornado extremamente populares recentemente, as rifas de veículos e valores em dinheiro só podem ser realizadas se devidamente autorizadas pelo Ministério da Fazenda. Não atendidos tais critérios, são consideradas contravenção penal”, explica Fontana.

Sorteio de dinheiro 

De acordo com o delegado, a investigação também apura um tipo de “sorteio de dinheiro” ilegal praticado pelos influenciadores digitais. Nesse tipo de divulgação, os números sorteados são sempre dos próprios criminosos. 

“Nesses sorteios, o comprador ganha um ‘número da sorte’ entre 01 a 9.999.999. Acontece que nos sorteios regulares, baseados na loteria federal, são utilizadas somente 5 dezenas, em composições que variam de 01 a 100.000. Há fortes indícios de que tais sorteios sejam fraudados para que os valores nunca saiam de dentro do grupo criminoso”, completa o Delegado.

A reportagem questionou quem seriam os influenciadores alvo da operação, mas a PCPR informou que a informação é sigilosa. As contas nas redes sociais e o site em que exploravam os sorteios foram suspensos, mediante autorização judicial.

As investigações prosseguirão com o objetivo de identificar outros envolvidos no crime.

O que diz a PCMG? 

“Sobre a operação em andamento, a PCMG informa que prestou apoio à Polícia Civil do Paraná no cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do investigado.”

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