Cenipa investiga queda de helicóptero dos Bombeiros em Minas Gerais

Foto: Divulgação PMMG

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) investiga as possíveis causas do acidente com o helicóptero do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais neste fim de semana. A aeronave levava seis pessoas. Não houve sobreviventes.

Segundo o Cenipa, não há um prazo definido para a conclusão do fim do relatório que irá detalhar o percurso e o que ocasionou a queda da aeronave. O helicóptero não tinha caixa-preta, mas o equipamento não é obrigatório em todos os tipos de aeronaves.

Ainda de acordo com o Centro de Investigação, a conclusão da investigação “terá o menor prazo possível”, mas vai depender da complexidade da ocorrência e da “necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.

O que se sabe sobre o acidente?

Um helicóptero do Corpo de Bombeiros foi acionado para atender uma ocorrência de queda de monomotor no distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, na tarde desta sexta-feira (11). Uma pessoa morreu no acidente.

Após o atendimento da ocorrência, durante o retorno para Belo Horizonte, a aeronave dos bombeiros caiu. Os seis ocupantes morreram.

Qual foi o último contato com a aeronave?

Segundo o tenente Henrique Barcellos, porta-voz dos Corpo de Bombeiros, após atender a ocorrência com o monomotor, a aeronave informou, no trevo de Ouro Preto, condição de ausência de visibilidade e de segurança para retorno. Essa foi a última informação repassada.

A corporação acredita que, depois disso, a equipe tenha avaliado a possibilidade de voo e decidido retornar para Belo Horizonte.

No fim da tarde de sexta-feira (11), a Força Aérea Brasileira (FAB) identificou o acionamento do dispositivo de emergência do helicóptero, que transmite dados de localização.

Equipes de busca foram acionadas e mais de 80 pessoas foram empenhadas nos trabalhos, que duraram 12 horas. Os destroços da aeronave e os corpos das vítimas foram encontrados em uma área de serra íngreme de Ouro Preto, perto do local do acidente envolvendo o monomotor.

Qual foi a causa do acidente?

As causas do acidente ainda estão sendo apuradas. Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foram acionados para iniciar as investigações.

De acordo com o tenente Henrique Barcellos, porta-voz dos Corpo de Bombeiros, a condição meteorológica pode ter sido “um fator contribuinte”.

Quem são as vítimas?

Montagem de fotos com Wilker Tadeu Alves da Silva, Victor Stehling Schirmer, Welerson Gonçalves Filgueiros, Gabriel Ferreira Lima e Silva, Marcos Rodrigo Trindade e Bruno Sudário França — Foto: Corpo de Bombeiros de MG + Instagram/ Reprodução + Redes sociais


O piloto era o capitão Wilker Tadeu Alves da Silva, que tinha experiência na operação de busca e salvamento das vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho.
Os outros militares eram o sargento Welerson Gonçalves Filgueiros, sargento Gabriel Ferreira Lima e Silva e o tenente Victor Stehling Schirmer.

Ainda estavam na aeronave o enfermeiro Bruno Sudário França e o médico Marcos Rodrigo Trindade, que também trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ressaca, em Contagem, na Grande BH.
Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte e serão sepultados na capital neste domingo (13).
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), decretou luto oficial no estado por três dias.

Qual era a situação da aeronave?

O helicóptero do Corpo de Bombeiros é um BK 117 C-2, fabricado em 2013. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave estava em operação desde 2014, com todas as manutenções em dia.
Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o helicóptero estava em situação normal de aeronavegabilidade.

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