Um turista de Belo Horizonte morreu durante um mergulho na ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, nessa terça-feira (15 de outubro). A vítima, de 43 anos, não teve a identidade revelada e estava com a família.
O mineiro realizava um mergulho em grande profundidade. Em nota, a Administração de Fernando de Noronha informou que a vítima foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital São Lucas “devido a sintomas respiratórios e rebaixamento do nível de consciência, por diagnóstico de doença descompressiva” (entenda abaixo o que é).
“Na ocasião, foi indicada terapia hiperbárica. Após algumas horas de tratamento, apresentou melhora clínica dos sintomas; porém, posteriormente, evoluiu com PCR (parada cardiorrespiratória)”, afirmou em um dos trechos. A equipe médica fez procedimentos de reanimação por 1 hora e 30 minutos, mas a vítima não resistiu.
O corpo do mineiro foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), no Recife, nesta quarta-feira (16 de outubro), para “verificação da causa mortis”.Doença descompressiva
Também conhecida como “mal dos mergulhadores”, é uma condição que ocorre quando o corpo é submetido a uma mudança rápida de pressão, como ao emergir rapidamente de grandes profundidades após um mergulho. Durante o mergulho, o corpo absorve mais gases, principalmente nitrogênio, devido à alta pressão. Se a descompressão for feita de forma muito rápida, o nitrogênio dissolvido no sangue e nos tecidos forma bolhas, que podem causar uma série de sintomas.
Os sintomas da doença descompressiva variam de leves a graves e podem incluir dor nas articulações e músculos, tontura, fadiga, dificuldade para respirar, dormência ou paralisia, e, em casos mais graves, problemas cardíacos e neurológicos, podendo até ser fatal.