A Bombril, uma das mais tradicionais empresas do setor de higiene e limpeza do Brasil, enfrenta uma grave crise financeira e entrou com um pedido de recuperação judicial no último mês. Agora, a companhia luta para evitar o corte no fornecimento de energia elétrica pela CEMIG devido a débitos acumulados.
Em ação judicial, a empresa argumentou que uma eventual interrupção no fornecimento de energia causaria a paralisação total de suas operações, gerando um prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão por dia. A Bombril destaca que a dívida com a companhia energética é anterior ao pedido de recuperação e, por isso, deve ser incluída no plano de pagamento aos credores.
Dívida bilionária e risco de falência
A situação financeira da Bombril se agravou e, em 10 de fevereiro, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Regional Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O passivo da companhia ultrapassa os R$ 2,3 bilhões, sendo a maior parte desse montante composta por dívidas tributárias.
Para garantir o pagamento dos credores, a Bombril ofereceu como garantia suas fábricas localizadas em São Paulo, Pernambuco e Sete Lagoas, além do maquinário industrial. A recuperação judicial permite que a empresa suspenda temporariamente as ações de cobrança e renegocie suas dívidas dentro de um plano que será submetido à votação em assembleia. Caso o plano não seja aprovado, a empresa pode ter sua falência decretada.
O desdobramento do caso segue sendo acompanhado de perto pelo mercado e pelos funcionários, que temem os impactos de uma possível paralisação na produção e nas operações da empresa.
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