‘Lipo de papada’: defensoria pede bloqueio de bens de R$ 2,5 milhões de dentista em BH

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Foto | Redes Sociais

Camila Groppo começou a ser investigada pela PC em março de 2024, depois de denúncias de pacientes que tiveram complicações após cirurgias de lipoaspiração de papada. No mesmo mês, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte confirmou um surto de micobactéria na clínica da profissional. O espaço foi interditado pelas autoridades.

Por meio da Coordenadoria Estratégica de Tutela Coletiva da Defensoria (CETUC), foi pedido o bloqueio de bens dos proprietários da clínica no valor mínimo de até R$ 2,5 milhões, indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 500 mil, destinada ao Fundo Municipal de Saúde da capital, e a condenação dos responsáveis ao pagamento de danos morais.

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Até o momento, pelo menos 24 vítimas foram identificadas no inquérito conduzido pela Polícia Civil de Minas Gerais. A ação civil pública é assinada pelo Coordenador Estratégico de Tutela Coletiva da DPMG, defensor público Paulo Cesar Azevedo de Almeida.

A investigação iniciou-se após a DPMG atender um grupo de pacientes que se submeteram a procedimentos de lipoaspiração mecânica de papada e bichectomia (remoção da gordura das bochechas) na clínica entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. As pacientes alegam terem sido atraídas por propagandas da clínica em redes sociais, que apresentavam a dentista responsável como especialista e prometiam cirurgias rápidas, indolores e sem riscos à saúde, com a possibilidade de retorno à rotina no mesmo dia. Os preços praticados também eram considerados altamente convidativos.

No entanto, as pacientes rapidamente perceberam irregularidades e negligência com a segurança sanitária na clínica. Logo após os procedimentos, muitas desenvolveram quadros infecciosos graves, necessitando de internações e tratamentos médicos prolongados e dispendiosos, além de enfrentarem cicatrizes no rosto e pescoço.

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A Defensoria Pública aponta na ação que a clínica realizava agendamentos e procedimentos sem avaliação prévia adequada e não fornecia informações completas sobre os riscos envolvidos. Além do pós-operatório que se limitava a sessões de drenagem realizadas no próprio estabelecimento.

Lesões corporais apresentadas pelas vítimas

A investigação da Polícia Civil identificou pelo menos 24 vítimas de lesão corporal leve e grave. Além disso, os policiais conseguiram indícios que comprovam que a profissional apresentava um diploma falso de um curso de ‘lipo de papada mecânica’. Conforme a investigação, a instituição de ensino confirmou que o documento é falso e os professores citados no diploma nem mesmo existem.

Os problemas de saúde enfrentados pelas pacientes incluíram:

  • Edemas;
  • Caroços;
  • Dores intensas;
  • Febre e outros sintomas de infecções por bactérias resistentes.

Diversas pacientes passaram por múltiplas internações, necessitaram de cirurgias e seguem em tratamento com antibióticos.

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A Defensoria também aponta que os responsáveis pela clínica tentaram evitar que as pacientes buscassem auxílio médico especializado e se recusaram a entregar prontuários aos órgãos de saúde, agravando os riscos e retardando os tratamentos. Foi concluído que os lucros obtidos pelos sócios da clínica por meio de práticas ilícitas geraram um risco para toda a sociedade devido à propagação do surto infeccioso, além de causarem prejuízos e gastos ao sistema de saúde pública.

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