A Justiça decidiu, nesta quinta-feira (24), manter a prisão preventiva da mãe e do padrasto da adolescente de 16 anos apontada como mãe do recém-nascido que foi abandonado em um terreno baldio e atacado por cães em Angelândia, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.
O bebê morreu na quarta-feira (23), no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, após quatro dias internado. Ele foi encontrado no sábado (19), com partes dos pés e da orelha amputadas devido ao ataque dos animais.
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A avó do bebê, uma mulher de 36 anos, e seu companheiro, de 39, foram presos em flagrante no domingo (20). Eles seguem detidos no presídio de Capelinha. A defesa havia solicitado liberdade provisória, mas o pedido foi negado pelo juiz Bruno de Souza Viveiros, da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da comarca de Capelinha.
Segundo o magistrado, os suspeitos tentaram fugir e alterar a cena do crime. “Houve tentativa de alteração da cena, uma vez que, possivelmente, o quarto da adolescente foi limpo após os fatos, com uso de materiais de limpeza, caracterizando uma possível tentativa de eliminar provas”, diz o texto da decisão.
A adolescente de 16 anos segue internada devido aos ferimentos causados por um suposto parto realizado em condições precárias. Por determinação do Ministério Público de Minas Gerais, quando receber alta, ela será encaminhada ao sistema socioeducativo por um período inicial de 45 dias.
Entenda o caso
Na manhã do sábado (19), o bebê foi encontrado por moradores sendo atacado por cães em um terreno baldio, em Angelândia. Testemunhas informaram à polícia que a avó e o padrasto viram a criança chorando no local, mas não prestaram socorro e deixaram o terreno.
Moradores disseram que suspeitavam que a adolescente estivesse grávida e que haviam ouvido choros de bebê desde a noite anterior. A polícia encontrou marcas de sangue no quarto da jovem. Localizada em uma casa na zona rural, a adolescente negou inicialmente a gravidez, mas exames médicos confirmaram um parto recente.
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