
O Brasil perdeu nesta sexta-feira (23) um dos maiores nomes da fotografia mundial. Sebastião Salgado, mineiro de coração e de origem, faleceu aos 81 anos. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização fundada por ele e por sua esposa, Lélia Wanick Salgado. A causa da morte ainda não foi divulgada, assim como detalhes sobre velório e sepultamento.
Referência internacional no fotojornalismo, Salgado ficou conhecido por registrar com sensibilidade e profundidade a realidade de trabalhadores, refugiados e populações isoladas ao redor do mundo. Seu olhar humanista ultrapassou as fronteiras da arte, tornando-se um instrumento de denúncia e transformação social.
Em nota emocionante, o Instituto Terra destacou:
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Com Lélia, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade.”
Sebastião e Lélia, juntos há seis décadas, deixaram o Brasil durante a ditadura militar e se exilaram em Paris. Foi lá que Salgado descobriu a fotografia — ao pegar emprestada uma câmera da esposa. Daquele momento em diante, construiu uma carreira sólida, passando por agências renomadas como a Magnum e desenvolvendo projetos autorais que marcaram a história do fotojornalismo.
Entre seus trabalhos mais icônicos estão os livros e exposições Trabalhadores, Êxodos, Genesis e Amazônia. Este último, lançado em 2021, é um tributo visual à maior floresta tropical do mundo e às comunidades que a habitam.
Além da carreira fotográfica, Salgado também se destacou pelo seu compromisso com o meio ambiente. Com o Instituto Terra, o casal replantou milhões de árvores em Minas Gerais, transformando áreas degradadas em reservas florestais. O viveiro da ONG, que começou com 25 mil mudas, hoje tem capacidade para produzir mais de meio milhão por ano.
“Nosso eterno Tião, presente! Hoje e sempre”, finalizou o Instituto em sua homenagem.
O Brasil perde um artista, um militante da imagem e um defensor incansável da natureza — mas o legado de Sebastião Salgado permanece vivo na memória, nas florestas restauradas e nas imagens que mudaram o mundo.
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