CPI que investiga supostos funcionários fantasmas reprova relatório

Foto: Ascom Câmara
Foto: Ascom Câmara
Com votos contrários do presidente Milton Martins (PSC), Marcelo Cooperseltta (PMDB) e Marli de Luquinha (PSC) o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades na contratação de funcionários pela prefeitura foi reprovado. O relator Dalton Andrade (PT) e Euro Andrade (PP) foram favoráveis ao documento que segue agora com parecer contrário para ser apreciado em Reunião Ordinária.
A reunião para apresentação do documento aconteceu nessa quarta-feira (30), no Plenário da Câmara, com a presença da imprensa local e do advogado responsável pelos trabalhos da CPI, Henrique Faleiro. Independentemente do resultado da votação em Reunião Ordinária o presidente da CPI, Milton Martins, antecipou que vai encaminhar o processo ao Ministério Público que poderá abrir nova rodada de investigações.
O relator Dalton Andrade leu o documento na íntegra, inclusive, com os documentos conseguidos por ele em verificação pessoal em Brasília com a investigada Neylia Rocha Nunes Segredo que não compareceu na Câmara durante as oitivas que ouviram, entre outros, Rui Augusto Santana Junior que também foi investigado. O presidente da CPI, Milton Martins, questionou a ação e perguntou “por quê os documentos mostrados hoje não foram anexados na época das oitivas”.
Para reforçar suas dúvidas sobre a prestação dos serviços de Neylia ao município, Martins apresentou o termo de posse assinado pela investigada que não estava no Brasil na data da posse. “No mínimo é fraude documental. Ela estava nos Estados Unidos na data da posse”, afirmou Milton apresentando documento da Polícia Federal atestando que a investigada estava no exterior.
Na defesa do seu relatório Dalton disse que houve um erro administrativo e que Neylia assinou o documento de forma retroativa e que não recebeu salários naquele mês. O vereador apresentou vários e-mails que atestam a intervenção da investigada junto a órgãos na capital federal que liberaram recursos para obras em Sete Lagoas em anos anteriores.
Marcelo Cooperseltta antecipou seu voto contrário ao dizer que “na data da posse ela (Neylia) não estava aqui, estava nos Estados Unidos. Para mim a CPI acabou ali. Eu já não tinha dúvida se ela era fantasma, depois disso então”, argumentou. Em contrapartida Dr. Euro analisou que “ela (Neylia) não pode ser considerada fantasma só porque não estava aqui na oitiva. Ela veio em maio e assinou retroativo, são trâmites burocráticos”, ponderou.
A investigação paralela feita por Dalton na capital federal foi questionada por Marli de Luquinha que entendeu como “falta de respeito conosco da Comissão por não ter nos convidado”. A vereadora usou o argumento para validar seu voto contrário e por entender ainda que a ida de Dalton sem algum membro da CPI tirou a credibilidade da apuração.

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