Em 2016 Sete Lagoas já registrou três óbitos por tuberculose

Foto: Ilustrativa Hospital Municipal de Sete Lagoas
Foto: Ilustrativa Hospital Municipal de Sete Lagoas

Esse ano, Sete Lagoas já registrou três óbitos por tuberculose. Essa situação preocupou o Secretário de Saúde, Roney Gott, que solicitou a criação de um comitê para o “Programa de Controle da Tuberculose” (PCT). Para consolidação, o assunto foi colocado na pauta da reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS) para votação. Todos os conselheiros presentes foram unânimes na aprovação da pauta na última segunda-feira (04/04).

Com o objetivo de descentralizar algumas ações para o nível da Atenção Primária, 100% dos profissionais (enfermeiro, médicos NASF e ACS) serão capacitados. Além disso, será implantado o Protocolo de Tuberculose em todas as redes de assistência à saúde.

 

Casos notificados de Tuberculose em Sete Lagoas

2014 – 56

2015 – 49

2016 – 15, com três óbitos até o momento.

 

Tuberculose: como evitar a doença

A tuberculose acomete 9,6 milhões de pessoas a cada ano no mundo. É uma doença transmitida por via aérea em praticamente todos os casos, de pessoa a pessoa, a partir da inalação de partículas muito pequenas (aerossóis) eliminadas por pessoas com tuberculose ativa. E, em geral, após 15 dias de tratamento adequado elas já não são mais capazes de infectar outras pessoas.

A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada de Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch e é muito famosa pelo seu acometimento pulmonar (tuberculose pulmonar). Sendo a forma pulmonar a mais relevante para a saúde pública, pois é a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.

Um dos fatores de risco para a aquisição da doença é a coinfecção pelo vírus da Aids e outras condições que reduzem a imunidade do paciente como transplantes, Diabetes Mellitus, Tabagismo, Etilismo, Insuficiência Renal e uso de medicamentos que afetam o sistema imunológico. Além de privados de liberdade e pessoas vivendo em situação de rua.

Sendo assim, diagnosticar e tratar correta e prontamente os casos de TB pulmonar é uma das principais medidas para o controle da doença. Esforços devem ser realizados no sentido de encontrar precocemente o paciente e oferecer o tratamento adequado, interrompendo a cadeia de transmissão da doença. O diagnóstico deverá ser realizado por meio de exame clínico, radiografia de tórax e BAAR ou Teste Molecular Rápido em pessoas que apresentarem tosse por tempo igual ou superior a três semanas (Sintomáticos Respiratórios). O paciente que já desenvolveu a doença também deve procurar logo atendimento clínico tanto para o seu tratamento quanto para evitar o contágio de outras pessoas.

Para interromper a cadeia de transmissão da TB é fundamental a descoberta precoce dos casos bacilíferos. Sendo assim, a busca ativa em pessoas com tosse prolongada deve ser uma estratégia priorizada nos serviços de saúde para a descoberta desses casos e é isso que Sete Lagoas está fazendo.

VIARedação
FONTEAscom Saúde
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