Sete Lagoas ou outras 4 cidades pode receber fabrica de ‘Robô Doméstico’

Robôs domésticos - 21/11/16 CREDITO:ALISSON J. SILVA
Robôs domésticos – 21/11/16 CREDITO:ALISSON J. SILVA

Ele aspira o pó, varre e passa pano na casa com desinfetante. Pode não parecer, mas o sujeito dessa frase é um robô doméstico que, em breve, chegará a Minas Gerais. Produzido há 15 anos pela empresa chinesa Diqee, a tecnologia ganhou, este ano, uma versão mais robusta com funções de segurança e Internet das Coisas (IoT) pela iniciativa do mineiro e inventor Renato Werner.

Além de propor inovações ao produto, o empresário está gerenciando a expansão da empresa para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A indústria receberá investimento de R$ 5 milhões, capacidade de produção de 2 mil robôs por mês e deve começar a operar no segundo semestre de 2017.

A relação de parceria entre o empresário mineiro e a empresa chinesa se deu há aproximadamente um ano, quando Werner percebeu que o robô doméstico vendido pela Diqee poderia ser ainda mais inteligente e mais útil dentro na rotina dos moradores de uma casa. Acreditando nisso, ele se tornou sócio da empresa e investiu no aperfeiçoamento da tecnologia, que ganhou uma câmera conectada a um aplicativo, possibilitando seu controle à distância. Dessa forma, o proprietário pode acionar ou desligar o robô mesmo fora de casa e ainda consegue verificar os ambientes da casa por meio da câmera. A ideia deu tão certo que o produto passou a ser um dos mais vendidos na China. Agora, o empresário quer trazer esse sucesso para Minas Gerais.

“A demanda por robôs domésticos no Brasil está aumentando e, para dominarmos esse mercado, entendemos que temos que ter uma produção nacional. Na China, a produção é de 10 mil robôs por mês e aqui vamos iniciar com 2 mil por mês”, afirma. Ele explica que um dos diferenciais da tecnologia é a funcionalidade de passar pano com desinfetante. Segundo ele, essa adaptação é uma tropicalização do robô para o Brasil, onde as casas são construídas principalmente com pisos de cerâmica, porcelanato e granito, diferente dos Estados Unidos onde há uma predominância do carpete.

De acordo com Werner, serão investidos R$ 5 milhões na construção da fábrica. Ainda não há definição sobre a cidade-sede, mas ele demonstra interesse por cidades da região metropolitana como Betim, Lagoa Santa, Sabará, Nova Lima e Sete Lagoas. O empresário afirma que a fábrica deve gerar apenas 50 empregos, pois a maior parte dos processos será automatizado. “Muitas pessoas veem isso com maus olhos, mas a automatização da fábrica vai tornar o Brasil mais competitivo. Poderemos disputar os mercados dos Estados Unidos, Canadá e dos países da América Latina, que hoje compram direto da China”, afirma. A expectativa é de que a fábrica comece a operar em julho do ano que vem.

De acordo com Werner, o robô deve ser vendido no mercado por uma média de R$ 1.600 a R$ 2.500, valor que ele considera acessível para as famílias. “Se pensarmos que esse valor é a metade de um IPhone 7 e as vantagens que o robô vai trazer, o valor fica acessível. Com o tempo, ele vai virar uma necessidade, pois limpa a casa melhor em menos tempo”, defende. O empresário afirma que o robô tem capacidade de fazer uma limpeza mais eficiente que a de um ser humano, pois detecta pequenas sujeiras que passam despercebidas pelas pessoas. O robô pode ser configurado para limpar ambientes específicos e tem sensores que o impedem de cair ao passar por degraus os desníveis.

Werner afirma que já está trabalhando em mais inovações para o robô. Uma delas é o controle dos eletrodomésticos da casa por meio da utilização de IoT. Além disso, ele também está desenvolvendo em uma funcionalidade de socorro para enfermos e idosos.

Nesse caso, o uso do robô será combinado à utilização de uma pulseira com botão de alerta. Quando houver uma queda, a pulseira aciona socorro e o robô vai até a pessoa que caiu. “Isso é inovador porque quem acompanha aquele idoso ou enfermo poderá ver ao vivo as condições da queda e até conversar por meio de uma videoconferência”, adianta.

VIARedação
FONTEDiário do Comercio
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