Sete Lagoas é a primeira cidade a usar o cabo híbrido para energia e dados

Foto: Divulgação

A Unidade EMBRAPII CPqD, em parceria com a empresa Furukawa, acaba de concluir um projeto de inovação que irá ampliar a oferta de banda larga aos usuários, além de reduzir a poluição visual hoje existente nos postes das redes aéreas de distribuição de energia.

Trata-se de um cabo híbrido, metálico mas com uma fibra óptica em seu interior, capaz de conduzir energia elétrica e, ao mesmo tempo, fazer a transmissão de dados em banda larga.

A nova tecnologia, chamada de OPDC (Optical Distribution Cable), já está disponível e vem servindo de base para outro projeto inovador no país: a implantação de uma rede sinérgica, desenvolvida pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), com o apoio dos programas de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Fapemig.

O diferencial dessa nova tecnologia é o uso da fibra óptica dentro do cabo energizado, em redes de média tensão (os cabos OPGW – Optical Ground Wire são utilizados em torres de transmissão de energia de alta tensão, como um cabo para-raios).

O acesso às fibras ópticas no cabo condutor exige uma proteção elétrica, o que é feito por meio de um dispositivo isolador – outro resultado importante e inovador desse projeto.

 

Cabo híbrido

Carlos Alexandre Nascimento, engenheiro da Cemig e um dos desenvolvedores da tecnologia de redes sinérgicas, destaca que o novo cabo híbrido – que vem sendo utilizado com sucesso em um trecho da rede de distribuição da concessionária em Sete Lagoas – é um elemento importante na construção das redes elétricas inteligentes.

“Uma das vantagens é que, se houver rompimento desse cabo, a fibra óptica permite detectar o ponto exato em que isso ocorreu, o que facilita o bloqueio da rede de energia para evitar acidentes e reduz muito o tempo de reparo do problema,” explica.

Além disso, ele ressalta que a nova tecnologia permitirá o compartilhamento da infraestrutura de comunicação em banda larga entre as diversas operações das concessionárias de energia e também com operadoras de telecomunicações e provedores de serviços de internet, por exemplo.

 

O projeto todo custou R$ 1,4 milhão.

VIARedação
FONTEInovacao Tecnologica
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