Novo espetáculo da Preqaria Cia de Teatro é sucesso de público e crítica

Foto: Divulgação

Nem a previsão de chuva fez com que o público deixasse de comparecer à estreia do novo espetáculo da Preqaria Cia de Teatro, de Sete Lagoas, “Amor”, no último dia 30 de setembro, no anfiteatro do Casarão, dentro da programação da 4ª Temporada de Teatro de Sete Lagoas. “Foi debaixo de chuva e foi maravilhoso”, comenta o diretor do espetáculo e da temporada, João Valadares. Quem foi também não se arrependeu. “Emocionante, lindamente tocante… contemporaneamente forte. E assim seguimos a’mando'”, afirmou a psicóloga Alynni Barbosa. A pré-estreia foi uma semana antes, no Espaço Funarte, em Belo Horizonte.

Para a presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos de Diversão de Minas Gerais (Sated-MG), Magdalena Rodrigues, “Amor” é a expressão jovem da busca de significados. “Vigorosos em sua dádiva artística, os atores bem preparados sensibilizam a plateia que atenta-se para o que conseguiu, cada um, até o presente momento, entender de si mesmo”, revela. O momento interativo acontece no final, quando o público é convidado a ‘enterrar’ simbolicamente seus incômodos. “Timidamente as pessoas vão se entusiasmado e participam dessa mágica que deveria ser praticada frequentemente como um exercício individual evolutivo para o bem do coletivo na contribuição para um mundo melhor”, completa.

“Com este espetáculo, João Valadares conseguiu abordar um assunto aparentemente comum de uma forma muito particular, respeitando as vivências e experiências dos atores. Mas mesmo sendo um ponto de vista particular, acabamos nos identificando com várias cenas e nos lembrando de que muita coisa já aconteceu com a gente”, reflete o subsecretário de Cultura e Juventude de Sete Lagoas, coreógrafo e dançarino Alan Keller. “A versatilidade das direções dele também me encantam muito. Vão do tradicional ao contemporâneo com muita qualidade e com ‘Amor’ não foi diferente”, complementa.

Quem também enalteceu o espetáculo foi o diretor teatral Fernando Couto. Segundo o diretor, “Amor” é um espetáculo difícil não só em encenação mas no entendimento. “A peça fala sobre o amor em suas várias vertentes e dissabores. Usa e abusa dos signos dando à encenação um colorido especial. E num momento em que esse ato, o de amar em todos os sentidos, se faz cada vez mais presente. Os atores muito bem preparados, sabem dar bem um texto difícil, coisa rara hoje em dia nos palcos”.

O cineasta Hivo Caroni quase não conseguiu conter as lágrimas. “Achei uma ideia muito bacana aquelas cenas onde eles filmam os diálogos, a maneira como foram pontuais nas críticas sociais. Fiquei muito emocionado no final, pois passo por um momento difícil no relacionamento e não consegui ‘enterrar’ ali. Mas me fez bem, mesmo segurando o choro, o nó na garganta, muita coisa ali me fez refletir”, disse.

No palco, Izabela Oliveira, Piera Rodrigues, Rogério Alves, Valquiria Correa e Leonardo Horta falam de amor, vivem e sofrem por ele. No final, a catarse. A plateia é convidada a demonstrar seu afeto, a compartilhar seu amor.

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA