Sete-lagoano Franck Caldeira está de volta à Corrida Internacional de São Silvestre

Africanos são 'pedra no sapato' de veteranos brasileiros na São Silvestre

Os atletas Giovani dos Santos e Franck Caldeira, durante coletiva de imprensa da São Silvestre – Marcos Alves / Agência O Globo

A chuva é quase certa no momento em que 30 mil atletas e amadores de 40 países diferentes largarão na 93ª Corrida Internacional de São Silvestre, às 8h20 de domingo, no Centro de São Paulo, mas essa está longe de ser a maior preocupação do sete-lagoano Franck Caldeira, 34 anos. Campeão da São Silvestre em 2006, ele está de volta à competição após hiato de sete anos.

— Os africanos são a pedra no sapato, mas essa pedra tem que existir, porque ela valoriza nossas vitórias. Estou voltando agora às minhas origens, que é a corrida de rua, para que seja o início de um novo ciclo olímpico na minha vida — ponderou o mineiro de Sete Lagoas, durante coletiva de imprensa na capital, na tarde desta sexta-feira.

Em 2010, Caldeira decidiu se afastar da competição para se dedicar às maratonas, e neste ano terminou em terceiro lugar na de São Paulo.

Depois de posar para fotos abraçado aos quenianos Paul Lonyangata e Stanley Biwott, o também mineiro Giovani dos Santos, 36, disse que estava pronto para desbancar os adversários. Ele é hepta da Volta da Pampulha e terminou em quarto colocado na São Silvestre do ano passado.

— Os africanos estão em peso mais uma vez, mas como sou um guerreiro espartano vou com tudo — avisou.

Apesar de bem-humorado, o atleta aproveitou o momento e chamou atenção para o esporte. Segundo ele, diferente dos africanos, “que trabalham em conjunto”, atletas brasileiros perdem cada vez mais incentivo, o que impede de se ter bandeiras verde e amarelo com mais frequência no lugar mais alto do pódio:

— Venho há tempos esperando por esse lugar mais alto do pódio. Estou sempre no “quase”, mas sinto que estou bem preparado e que vou fazer uma boa prova.

Em sua estreia no Brasil, o queniano Paul Lonyangata, de 24 anos e campeão da Maratona de Paris, em abril deste ano, foi o mais direto ao resumir suas expectativas para a corrida.

— Espero ganhar — afirmou ele, arrastando o inglês de forma bem tímida.

CORRENDO PARA A ESCOLA

Ao ser perguntado sobre como começou a correr, Paul deu uma explicação simples:

— A gente costuma ir para a escola correndo — disse Paul, rindo, antes de explicar que a distância para o colégio era de quase dez quilômetros.

Campeão da São Silvestre em 2015, Biwott procurou fazer a média com os atletas brasileiros:

— São muito fortes — frisou.

No feminino, as esperanças do Brasil estão depositadas em Tatiele de Carvalho, 28 anos e sétima colocada na São Silvestre do ano passado, e Joziane Cardoso, 32 anos e quinto lugar na edição de 2015.

FONTEO Globo
COMPARTILHAR

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA