As estatísticas mostram que as mulheres que já tiveram um ou mais parto apresentam maior incidência de incontinência urinária e prolapsos genitais (queda ou rebaixamento dos órgãos pélvicos atraves da vagina). E naquelas mulheres com mais de três partos vaginais, o risco pode ser até dez vezes maior. Já quanto às lesões causadores de incontinência fecal, 5 a 10 % das mulheres submetidas a parto vaginal podem ter trauma perineal com lesões dos músculos esfincterianos do ânus.
A diretora da Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais, Cláudia Laranjeira, especialista em uroginecologia afirma que os sintomas podem aparecer imediatamente após o parto ou tardiamente após a menopausa. A médica explica que estas estruturas são responsáveis pela manutenção da continência urinaria e fecal e pela sustentação dos órgãos pélvicos e da vagina. “Diante de uma lesão após o parto, as mulheres podem apresentar as incontinências fecal ou urinária, prolapsos dos órgãos pélvicos, disfunções sexuais por dor ou relaxamento vaginal” explicou.
A boa notícia é que a assistência obstétrica dada a cada gestante pode mudar consideravelmente a incidência destas lesões. Segundo a ginecologista Cláudia Laranjeira, no pré-natal é recomendado fazer fisioterapia com alongamento e reforço da musculatura do assoalho pélvico, de forma a preparar melhor os músculos do períneo para a passagem do feto no momento do nascimento e evitar uma lesão. “Já durante o trabalho de parto e parto é possível realizar massagens perineais, compressas mornas, posicionamento adequado da mulher no momento da expulsão do bebê e manobras realizadas por obstetras para proteção da musculatura do períneo”, recomenda Cláudia.
Caso a mulher não receba as orientações adequadas durante a gestação e o parto, a especialista afirma que é possível tratar todas as disfunções com fisioterapia ou cirurgia. “As incontinências urinárias que surgem logo após o parto tendem a desaparecer em 30% dos casos, se adequadamente abordadas com acompanhamento fisioterápico”, ressaltou. Sobre a lesão no esfíncter do ânus, Cláudia afirma que se a correção for realizada no momento do parto, a chance de cura sem sequelas ou disfunções (incontinência fecal) é muito maior.
Mais uma vez, a prevenção é o melhor remédio. A médica lembra que é importante trabalhar o fortalecimento do assoalho pélvico em todas as mulheres. “Isso deve ser uma preocupação de todas, não só durante a fase de gestação, porque diz respeito à saúde e ao bem estar feminino” alertou Cláudia Laranjeira.
SOBRE A SOGIMIG
Há 72 anos, a Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig) atua no Estado e possui relações com associações congêneres do País e no exterior. Filiada à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a entidade tem como pilares a atualização científica, a defesa e valorização profissional e a interiorização – a Sogimig mantém parcerias com entidades envolvidas com a defesa profissional e a saúde da mulher. Entre os objetivos principais da associação estão a educação continuada, relacionamento com as cidades do interior do Estado, melhores condições de trabalho e valorização do ginecologista e obstetra mineiro. Preocupada também com a educação do público em geral a entidade iniciará em 2018 um novo projeto: ciclo de bate-papo com as mulheres sobre diversos temas de saúde feminina.
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