Polícia Civil prende suspeitos de latrocínio de idoso em Betim

Divulgação PCMG

Em menos de dez horas de intenso trabalho investigativo, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu dois suspeitos de terem cometido o crime de latrocínio de Celso Baptista Alves, de 77 anos, ocorrido na cidade de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte. Elias Felizardo Ramos, de 21 anos e João Pedro Pinheiro Alípio, 19, foram presos em flagrante.

Na última quarta-feira (20), a família de Celso informou seu desaparecimento à PCMG e, imediatamente, os trabalhos investigativos se iniciaram, inclusive com a divulgação da foto e dados do então desaparecido. “Segundo a família, ele havia saído de sua residência por volta das 7h30 para trabalhar em seu sítio, na cidade de Betim, onde possuía um pesque e pague.

Celso possuía uma rotina conhecida de seus familiares e sempre retornava para casa às 19h30, o que não havia ocorrido na noite anterior. Além deste fato, a família teve conhecimento de que diversas compras estavam sendo realizadas em um shopping popular de Betim, com o cartão de débito da vítima”, relatou a Chefe da Divisão Especializada de Referência da Pessoa Desaparecida, Delegada Maria Alice Faria.

Os policiais civis realizaram diversas diligências no shopping popular e acabaram conseguindo a foto de um dos suspeitos (Elias), entregue pelo dono do box (loja) onde as compras com o cartão da vítima foram realizada, que acabou suspeitando do comprador no momento da realização das compras.

De posse da foto, os policiais se dirigiram ao sítio de Celso e o atual caseiro reconheceu Elias como sendo um ex-funcionário do local. “Conseguimos localizar Elias trabalhando em uma obra como servente de pedreiro e, após ser formalmente ouvido, acabou confessando que havia sequestrado Celso e em seguida o teria matado com a ajuda de um comparsa chamado João. Segundo o Delegado Regional em Betim, Alvaro Homero Huertas dos Santos, a equipe prosseguiu nas diligencias e se dirigiram até a residência do suspeito João, que também acabou confessando a autoria delitiva.

Os policiais apuraram que Elias acabou matando a vítima após ser reconhecido por ele. Os autores utilizaram toucas ninja para não serem reconhecidos pela vítima, mas Celso acabou reconhecendo Elias pela voz que, assustado, chamou seu comparsa pelo nome, o identificando.

De acordo com o suspeito, após serem reconhecidos, eles optaram por matar a vítima. “Os investigados executaram Celso com o uso de um cadarço de tênis. Eles colocaram a vítima em seu próprio veículo e derramaram cerca de 20 litros de gasolina no carro e atearam fogo. Elias também confessou que planejou o crime há cerca de uma semana e chamou João para ajudá-lo”, contou o Delegado Gustavo Barletta que irá presidir o inquérito.

Na residência de Elias foram encontrados três simulacros de arma de fogo e uma touca ninja utilizados durante o crime, além de celulares e outros aparelhos eletrônicos que foram adquiridos com o cartão da vítima.

Os suspeitos serão indiciados pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver, crimes que poderão chegar juntas a 33 anos de reclusão.

Os suspeitos foram encaminhados para o Sistema Prisional, onde estão à disposição da Justiça.

De acordo com o Chefe do 2º Departamento de Polícia Civil de Contagem, Delegado-Geral Rafael de Souza Horácio, o trabalho conjunto foi fundamental para a solução do crime. “Conseguimos dar a pronta-resposta à família e à sociedade. Infelizmente o senhor Celso não se encontrava vivo, mas o trabalho conjunto realizado pelas equipes de policiais civis envolvidos foi fundamental para um resultado célere”, afirmou.

Já o Delegado Rodrigo Bustamante, Chefe do Departamento de Investigação de Crime Contra o Patrimônio, ressaltou o trabalho desenvolvido pelas equipes. “A sociedade pode ter a confiança de que estamos trabalhando diuturnamente para proteger a todos e para que nenhum crime fique impune. Juntos somos fortes e, integrados, como demonstramos na investigação deste crime, somos extremamente eficientes”, concluiu.

VIARedação
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