Christiano Xavier vence eleição em Santa Luzia com 54,28% dos votos válidos

Eleitores de Timóteo, na região do Vale do Aço, e de Itanhomi, no Rio Doce, também foram às urnas neste domingo

O delegado Christiano Xavier foi eleito com mais de 54% dos votos válidos neste domingo

Após uma campanha marcada por ataques mútuos e pessoais, o Delegado Christiano Xavier (PSD) foi eleito, neste domingo (24), prefeito de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele e o vice Pastor Sérgio (PSL) receberam 54.470 votos, o equivalente a 54,28% da votação válida.

Os cerca de 155 mil eleitores do município voltaram às urnas por conta de dupla vacância no Executivo municipal. A prefeita Roseli Pimentel (PSB) e o vice-prefeito Fernando César (PRB) renunciaram aos seus mandatos em maio e em abril deste ano, respectivamente.

A chapa, no entanto, já havia sido alvo de cinco ações na Justiça Eleitoral, sendo que em todos os processos foi pedida a cassação dos mandatos.

Roseli está em prisão domiciliar desde outubro do ano passado. Ela é suspeita de ter mandado executar um jornalista da cidade. Por isso, quem estava ocupando a chefia do Executivo era o presidente da Câmara Municipal, Sandro Coelho (PSB) – ele recebeu 33.266 dos votos (33,15%) no pleito deste domingo e ficou em segundo lugar. Em entrevista exclusiva ao jornal O TEMPO, Roseli negou qualquer tipo de envolvimento no crime e refutou irregularidades em questões eleitorais.

Interior

Os eleitores de Timóteo, na região do Vale do Aço, e de Itanhomi, no Rio Doce, também voltaram neste doming às urnas para escolherem prefeito e vice. Na primeira cidade quem venceu a corrida pela cadeira da administração foi Douglas Willkys (PSB), com 18.181 da votação válida, correspondente a 48,28%. Já em Itanhomi, Mundinho (MDB) ganhou a disputa. Ele recebeu 2.983 votos (42,98%).

Apesar de ter sido mais votado, Mundinho somente pode ser diplomado após uma decisão do juiz eleitoral do município. Isso porque o emedebista disputou a eleição sub judice, já que o candidato que ele havia registrado como vice na chapa desistiu de concorrer ao posto em 14 de junho.

Com isso, o magistrado entendeu que não havia mais prazo legal para o MDB apresentar um substituto, e a chapa foi indeferida. Contudo, o partido e os candidatos apresentaram um recurso ao TRE, que foi aceito pela Corte. O processo voltou para o juiz da cidade apreciar o caso.

Em Itanhomi, a chapa eleita na última disputa municipal, formada por Jaeder (PSDB) e Paulo Nogueira (DEM), foi cassada pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico na corrida eleitoral de 2016.

Um apoiador da campanha teria promovido um show sertanejo em benefício das candidaturas deles e outra ilegalidade teria ocorrido em evento de colocação de adesivos em veículos, com a distribuição de comida e bebida.

Já em Timóteo, o candidato que recebeu a maioria dos votos válidos no pleito de 2016, Dr. Geraldo Hilário (PP), teve o registro indeferido pelo TSE.

Ele concorreu na última eleição municipal com a candidatura sub judice por ter sido condenado pela Justiça Eleitoral por ter praticado abuso de poder econômico e político nas eleições de 2008. Por isso, Hilário foi “enquadrado” pela normas da Lei da Ficha Limpa.

Trâmite

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), as eleições suplementares ocorreram tranquilamente nas três cidades mineiras. Agora, os candidatos mais votados precisam prestar contas à Justiça Eleitoral.

Não constatada nenhuma irregularidade, eles podem ser diplomados pelos cartórios até o dia 13 de julho. As respectivas Câmaras Municipais são as responsáveis por marcarem as cerimônias de posse.

Ainda de acordo com a Justiça Eleitoral, o eleitor que não compareceu neste domingo nas eleições tem até o dia 23 de agosto para justificar a ausência no pleito. Essa explicação deve ser feita, preferencialmente, nos cartórios eleitorais.

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