Médica acusada de integrar ‘bando da degola’ de Minas é presa na Grande SP

Ela responde por cinco crimes, entre eles homicídio e ocultação de cadáver.

Gabriela foi condenada, apesar de tese da defesa de que ela foi coagida por comparsas
(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

A médica Gabriela Corrêa Ferreira da Costa, de 34 anos, condenada a 46 anos e seis meses por sua participação no “bando da degola”, chefiado por Frederico Flores, foi presa na tarde desta terça-feira em Diadema, na Grande São Paulo. Desde o mês passado ela estava com ordem judicial de prisão em aberto, depois que os recursos de sua defesa não tiveram acolhidas no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, onde a quadrilha extorquiu e matou os empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, em abril de 2010.

Em março de 2015, Gabriela Costa foi levada a júri popular e acabou sentenciada por homicídio qualificado, cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Na época, ela chegou a ser presa na fase do inquérito policial e instrução processual, mas depois do julgamento ganhou o direito de recorrer em liberdade. Sua defesa entrou com vários recursos no TJMG contra a decisão do conselho de sentença.

Os empresários foram mantidos em cárcere privado, torturados e degolados em um apartamento no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo as investigações, Frederico Flores foi informado que Rayder e Fabiano estavam envolvidos em estelionato e contrabando, movimentando grande quantidade de dinheiro em várias contas bancárias. A partir daí, o bando formado por oito integrantes sequestrou, extorquiu e matou os empresários.

Os assassinatos aconteceram em 10 e 11 de abril, no apartamento, depois que os acusados realizaram saques e transferências das contas das vítimas. Em seguida, segundo relato do Ministério Público, eles mataram os empresários, cortando suas cabeças e dedos para dificultar a identificação, e os levaram para a região de Nova Lima, onde foram deixados parcialmente queimados. No dia seguinte, os réus se reuniram para limpar o apartamento. A médica foi apontada nas investigações da Polícia Civil como a gerente da quadrilha.

Na tarde desta terça-feira, uma denúncia anônima chegou aos policiais de Diadema. Militares foram até o local em que Gabriela estava e a prenderam em cumprimento a ordem judicial. A médica foi levada para uma unidade da Polícia Civil de São Bernardo do Campo, onde há carceragem feminina. Não há ainda definição sobre sua transferência para Minas Gerais.

VIARedação
FONTEG1
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