Casal enforca, mata e retira bebê de dentro da barriga de grávida em Minas

Mara foi morta e teve a bebê arrancada à força
A Polícia Civil investiga o caso de uma jovem grávida que foi amarrada em um tronco, enforcada e, posteriormente, teve o bebê retirado da barriga e roubado. O crime bárbaro ocorreu na cidade de João Pinheiro, Região Noroeste de Minas Gerais. Segundo a Polícia Militar, Mara Cristina Ribeiro da Silva estava desaparecida desde segunda-feira e seu corpo foi encontrado na tarde de ontem por pessoas que passavam em um matagal próximo ao km 143 da BR-040, perto de um antigo posto da Polícia Rodoviária Federal. Uma mulher que no dia anterior tinha ido a um hospital com uma recém-nascida e terminou confessando que a criança não era sua foi presa. O marido da suspeita também está detido.

De acordo com a PM, às 19h30 da segunda-feira, policiais foram acionados por funcionários do Hospital Municipal de João Pinheiro, que relatavam a entrada de uma paciente bastante agitada, com uma recém-nascida no colo, afirmando que acabara de dar à luz. Entretanto, segundo os funcionários, ela caminhava normalmente e se recusou a ser atendida por um médico obstetra, situação incomum em casos de parto. Ela foi identificada como Angelina Ferreira Rodrigues, de 40 anos.

Ao chegar ao hospital, policiais militares encontraram familiares da vítima, que afirmaram que Mara estava grávida de oito meses e que a mulher que havia ido ao hospital morava com ela desde sábado. Além disso, uma testemunha, que seria vizinha das duas mulheres, disse que por volta das 13h30 daquele dia viu Angelina saindo com Mara e sua outra filha de 1 ano.

 

Conforme a PM, os militares conseguiram convencer a suspeita a ser atendida por um médico. Na consulta, Angelina teria confessado que a bebê não era sua filha e sim de um amigo, informação que foi repassada aos policiais. Ao ser questionada pela PM, Angelina teria confirmado a informação passada pela vizinha de que saiu com a vítima na tarde de segunda-feira.

 

Segundo ela, uma pessoa ligou para Mara, marcando um encontro no Bairro Água Limpa e ela decidiu acompanhá-la ao local, levando também a filha de 1 ano da amiga. Ainda segundo a suspeita, chegando ao local, as duas se depararam com uma mulher de baixo porte, morena e que aparentava ter 40 anos. Mara teria seguido a pé com ela, enquanto Angelina ficou com a filha da vítima.

Ainda de acordo com o relato da suspeita, pouco tempo depois, a mulher teria voltado sem Mara e com a recém-nascida no colo e pedido que ela levasse o bebê ao hospital. Angelina teria pedido que seu marido, Roberto Gomes de Souza, de 57, a acompanhasse e deixou a criança de 1 ano com uma vizinha. Sem provas de nenhum crime, o casal foi liberado pelos policiais.

 

Entretanto, segundo o delegado regional de Paracatu, Carlos Henrique Gomes Bueno, na manhã de ontem policiais civis chamaram a suspeita para que esclarecesse detalhes do boletim de ocorrência. Na delegacia, Angelina teria confessado todo o crime e dito que agiu sozinha. A polícia desconfia da versão de ação individual. Seu marido também prestou depoimento, mas se declarou inocente.

 

De acordo com o delegado, no início da noite de ontem, depois da descoberta do corpo, Angelina Ferreira Rodrigues teve a prisão decretada, assim como seu marido, Roberto Gomes de Souza. A recém-nascida foi atendida no Hospital Municipal de João Pinheiro e transferida para o Hospital São Lucas, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. Até o fechamento desta edição não havia detalhes sobre seu estado de saúde.
A criança foi transferida para o Hospital São Lucas, em Patos de Minas (Alto Paranaíba), onde se recupera de um corte na cabeça sofrido durante as agressões da mãe. O corpo da vitima foi necropsiado na noite desta terça e será sepultado na manhã desta quarta, em Joao Pinheiro.

Condenada a 34 anos

Em junho do ano passado, uma mulher foi condenada a 34 anos de prisão depois de assassinar Patrícia Xavier da Silva, de 21 anos, para retirar seu bebê que estava prestes a nascer. O crime ocorreu em 2015, na cidade de Ponte Nova, Região da Zona da Mata. A condenada, Gilmária Silva Patrocínio, de 34, havia confessado o crime e dito aos investigadores que precisava de uma criança como forma de segurar o marido. Segundo a acusada, ela tinha inventado uma falsa gravidez. Gilmária abordou a vítima, que já conhecia, na saída de um hospital da cidade oferecendo doação de roupas e berço para o bebê. No local do crime, atingiu a jovem na cabeça e no pescoço com um pedaço de madeira e a amarrou com uma bolsa. Após o golpe, com Patrícia desacordada, fez incisão na barriga e no útero da vítima com uma lâmina e pegou a criança.

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