Pará de Minas decreta situação de emergência por causa de tragédia de Brumadinho


(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press. )

Os municípios que estão situados ao longo do Rio Paraopeba já sofrem os impactos da poluição do manancial causada pelo mar de lama que vazou da barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A prefeitura de Pará de Minas, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, decretou situação de emergência.  A administração municipal alega que o afluente é a principal fonte de captação de água na cidade. 

O rompimento da barragem da Vale deixou já deixou 134 mortes, segundo último balanço divulgado pelas autoridades de segurança nessa segunda-feira. Ainda estão sendo procuradas 199 pessoas. A Polícia Civil já identificou 120 vítimas da tragédia. 

O decreto da Prefeitura de Pará de Minas foi assinado nessa segunda-feira. No documento, a administração municipal lembra o período crítico no abastecimento que a cidade viveu entre 2013 e 2016. A solução para o problema foi justamente a captação de água no Rio Paraopeba. “O Município de Pará de Minas não conta com outras fontes de recursos hídricos que garantam o regular abastecimento da população, conforme atesta o Plano de Saneamento Municipal – Lei Municipal nº 5.649/14”, explicou. 

A prefeitura afirma que está recebendo informações sobre o desastre apenas por meio da imprensa e também ressaltou que poderá ter problemas econômicos. “A contaminação do Rio Paraopeba e seus mananciais e afluentes além do prejuízo direto consistente no desabastecimento da população, pode impactar diretamente na produção agrícola do município, notório produtor de frangos e suínos no estado, com agricultura pujante e composta ainda por inúmeros pequenos produtores e produtores familiares”, disse. 

A administração completou, ainda, que a região do rio é cercada por plantações agrícolas, com real risco de prejuízo para a saúde e comprometimento do abastecimento de água e alimentos da cidade. 

Medidas

Com o decreto, a prefeitura autorizou a mobilização de todos o órgãos municipais para atuarem sob a coordenação da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, “nas ações de resposta ao desastre e reabilitação do cenário e reconstrução”. Autoriza, ainda, a contratação de voluntários, desapropriação de propriedades particulares localizadas em áreas de intenso desastre. 

Foi determinado, também, a criação de um Comitê Municipal de Gestão e Avaliação de Desastre. Entre as funções está o acompanhamento do regular fornecimento de água tratada na bacia do Rio Paraopeba, e as ações de socorro, assistência, reestabelecimento de serviços essenciais afetados, recuperação de ecossistemas, e de reconstrução decorrentes do desastre.

VIARedação
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