Testemunhas do caso do assassinato de setelagoano fisiculturista são ouvidas

O crime foi na madrugada de 2 de setembro de 2017, na boate Hangar 677, no bairro Olhos D'Água, na região do Barreiro

Foto: Arquivo pessoal da família de Allan Pontelo

Quatorze testemunhas de defesa e de acusação são ouvidas na tarde desta segunda-feira (11) pelo juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette de Belo Horizonte, Marcelo Fioravante, no processo sobre a morte do fisiculturista de Sete Lagoas Allan Guimarães Pontello, de 25 anos.

O crime foi na madrugada de 2 de setembro de 2017, na boate Hangar 677, no bairro Olhos D’Água, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Cinco réus respondem pelo homicídio, sendo um deles policial militar, que fazia bicos na casa noturna, e os demais seguranças da casa.

Essa é a segunda audiência de instrução, a primeira foi em dezembro do ano passado. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a sentença de pronúncia, quando o juiz decide se mandar, ou não, os suspeitos para o banco dos réus, só será possível depois de ouvir todas as pessoas e o juiz analisar os processo.

Três dos suspeitos, Carlos Felipe Soares, Willian da Cruz Leal e Paulo Henrique Pardim de Oliveira, estão foragidos e são julgados à revelia. Outros dois são Delmir Araújo Dutra e Fabiano de Araújo Leite, que também estão em liberdade. A audiência começou às 14h e não há previsão para terminar.

Uma das testemunhas ouvidas contou ao juiz que também era frequentador da boate e que os seguranças se passavam por policiais civis. O homem disse ter passado por situação semelhante à da vítima, duas semanas antes do crime, ao ser acusado de traficar drogas na boate.

Ainda de acordo com a testemunha, as pessoas ganhavam cortesias na casa noturna quando levavam convidados. Disse, ainda, que movimentava o dinheiro dessas pessoas e que, por isso, acredita ter sido confundido com traficante de drogas. O homem também relatou ao juiz que um segurança o abordou dizendo que havia foto dele praticando o crime.

São várias versões para o crime. Uma delas é que o fisiculturista estaria fugindo dos seguranças, que o teriam abordado sob suspeita de vender drogas na boate. Allan teria sido espancado pelos funcionários da casa noturna. Segundo um médico que o socorreu, Allan já chegou à ambulância inconsciente, com sinais de parada cardíaca, e que ele tentou reanimá-lo.

O pai da vítima, o técnico em eletrônica Dênio Luiz Pontello, de 48 anos, acompanha a audiência desta segunda-feira e chora o tempo todo, emocionado.

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