Assaltante baleado por médico em BH morre no hospital

Foto: Alex de Jesus/O TEMPO

Um ladrão levou um tiro na cabeça durante um roubo, na manhã desta sexta-feira (1), no bairro Belvedere, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele foi socorrido, mas morreu. Ele e comparsas abordaram uma médica na frente de casa e, ao ouvir os gritos, o pai dela, também médico, reagiu.

“A médica estava saindo para o trabalho quando os três indivíduos chegaram e tentaram assaltar. Estamos em apuração ainda se tinham o objetivo de entrar na residência. Nesse momento, a vítima começou a gritar, vizinhos, ao perceberem a situação, também gritaram”, explicou o tenente Mauro Lúcio, do 22 Batalhão de Polícia Militar (PM).

“O pai dela ouviu a situação, chegou da janela, armou-se com um revólver calibre 38 e ocorreram tiros. Ainda não sabemos se foi troca”, disse o tenente.

Ainda conforme o militar, o proprietário da casa que efetuou o disparo também é médico, prestou os primeiros socorros e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma viatura da PM chegou primeiro e socorreu o suspeito até o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, onde ele foi internado em estado gravíssimo e não resistiu aos ferimentos e morreu. Uma réplica de pistola foi encontrada na cintura dele.

“Os outros dois indivíduos estamos em apuração. Possivelmente, autores do (aglomerado) Morro do Papagaio porque o autor baleado era de lá e alguns pertences da vítima foram encontrados lá próximo. A bolsa da vítima e o celular da vítima foram levados. O aparelho telefônico ainda não foi localizado”, detalhou o militar.

No local do crime foram apreendidas uma réplica de arma e uma garrucha. As duas e o revólver do médico foram apreendidos.

A mulher vítima dos criminosos se queixava de algumas dores, uma vez que teve os cabelos puxados.

“O proprietário da casa tem habilidade para atirar, tem a posse da arma e foi uma ação totalmente legítima. Legítima em defesa própria e de terceiros”, afirmou o tenente.

Militares ainda fazem rastreamento na região. “A gente orienta que a pessoa não reage em casos de roubos. O caso da vítima foi uma situação involuntária. Ela  temia pela própria vida. Temia ser levada. É um ato involuntário”, finalizou o policial.

‘Pode levar o carro’

Em conversa com a PM, a vítima do assalto disse que tirava o carro da garagem quando foi surpreendida por dois homens armados. Então, ela desceu do veículo e disse para os assaltantes: “Pode levar o carro, pode levar”.

Entretanto, os homens ficaram agressivos, e um deles entrou dentro do automóvel para recolher os pertences dela, enquanto a puxou pelos cabelos dela em direção ao carro. Então, ela começou a gritar por socorro, momento em que o pai apareceu na janela e disparou contra o homem.

O pai dela, por sua vez, contou que estava no seu quarto quando ouviu barulhos vindo da garagem, foi até a janela e viu a filha sendo agredida por um homem com a arma em punho.  Percebeu também que havia outro homem dentro do veículo da filha.

Então, pegou o revólver e deu dois disparos contra os autores. Depois disso, o homem foi em socorro da filha e viu que o homem acertado estava caído com um sangramento na cabeça e o socorreu.

Com a chegada da Polícia, o homem apresentou a arma e uma cópia de registro dela.

Atualizada às 12h48

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