Filho mata pai para defender a mãe de facadas, em Minas

Cidade tem 37.627 habitantes – Foto: Reprodução Facebook

Vinte e um anos de relacionamento não impediram um homem de 50 anos de tentar assassinar a ex-companheira, de 36, a facadas, na frente dos três filhos gerados no casamento, no povoado de Tocandira, em Porteirinha, na região Norte de Minas Gerais.

No momento do crime, nessa quinta-feira (5), um dos filhos dos dois, um jovem de 20 anos, atingiu o pai com duas pedradas na cabeça, sacou a faca das mãos dele e desferiu inúmeros golpes no pescoço do homem.

O pai não resistiu aos ferimentos e morreu na rua onde discutiu com a mulher minutos antes do crime. Já a mãe, precisou ser atendida em um posto médico. Antes do filho atingir o pai, a mulher sofreu cortes nas mãos ao tentar se proteger dos golpes do ex-companheiro. Após matar o pai, o rapaz fugiu e está desaparecido desde então.

À polícia, testemunhas contaram que os três filhos e a mãe seguiam a caminho da casa onde estão morando há cerca de um mês – desde que a mulher saiu do lote que dividia com a ex-sogra e o ex-companheiro – quando foram surpreendidos pela chegada do pai dos meninos. O homem teria discutido com a ex-mulher, a ameaçado e, então, sacado a faca de uma bolsa preta com o intuito de atacá-la.

Após o primeiro golpe na mão dela, o filho de 20 anos pegou uma pedra e jogou sobre a cabeça do pai, que apesar de ter caído, se levantou e continuou com as ameaças. O jovem, então, teria atingido o pai mais uma vez com uma pedra e, ao vê-lo caído, acertou o pescoço dele com inúmeras facadas – cerca de dez, segundo a enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que confirmou o óbito.

Relacionamento conturbado

Discussões e ameaças constantes eram rotina entre o casal, como disseram aos policiais amigos da família. De acordo com uma testemunha, há aproximadamente um mês a mulher de 36 anos se mudou para evitar o ex-companheiro. No entanto, na noite de quarta-feira (4), após uma discussão entre os dois, ela decidiu deixar o imóvel e passar a noite na casa de amigos. Algumas horas após a saída dela, seu ex-marido, como conta a testemunha, bateu na porta da residência e, sem retorno, se escondeu em uma casa abandonada, onde ficou esperando a ex-mulher.

Outra testemunha, um homem de 46 anos, declarou que conhece o casal e que há muito tempo o homem ameaçava a ex-companheira de morte. As agressões verbais teriam se tornado mais intensas no último mês, desde que ela saiu da casa dele. Por causa disso, mesmo depois de se mudar para o novo endereço, a mulher constantemente saía para dormir com os filhos em outros lugares para se proteger. Muitas vezes, o homem a encontrava e dizia que, se ela não reatasse o relacionamento, iria matá-la, como registrado no boletim de ocorrência.

Conciliação

Após ser atendida no posto médico, a mulher de 36 anos confirmou aos militares que há bastante tempo recebe ameaças do ex-companheiro. A última aconteceu quando ela foi até a casa dele para medicar e cuidar da ex-sogra. Naquele dia, o homem ameaçou ingerir veneno caso ela não o aceitasse de volta. Ela propôs algumas condições, entre elas que ele começasse um tratamento psiquiátrico, o homem negou e garantiu que a mataria.

Apesar dos rastreamentos, o jovem de 20 anos que matou o pai não foi encontrado. A mulher levou alguns pontos nos dedos da mão direita, decorrentes de suas tentativas de se proteger das facadas desferidas pelo ex-companheiro.

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