Especialista contratado pela Backer contesta contaminação da água por dietilenoglicol

(foto: Paulo Filgueiras)

Não foram encontradas as substâncias tóxicas dietilenoglicol e monoetilenoglicol na água usada na produção da cervejaria Backer. Foi o que Bruno Botelho, doutor em química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), concluiu em perícia feita paralelamente a pedido da cervejaria. As informações foram repassadas em coletiva de imprensa no fim da manhã desta terça-feira.

Na última quarta-feira uma perícia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) encontrou as duas substâncias tóxicas na água usada na produção da cervejaria Backer, no Bairro Olhos D’Água, na Região Oeste de Belo Horizonte.

De acordo com o especialista, a análise foi feita em três lotes da cerveja, assim como em amostras de água recolhidas em quatro pontos da fábrica. Vale ressaltar que todas as amostras foram enviadas pela Backer e não recolhidas pelo próprio químico.

Questionado sobre um possível vazamento, Botelho não descarta a hipótese. Entretanto ele frisa que dificilmente isso poderia ter ocorrido já que, segundo ele,  com o passar do tempo, a concentração de dietilenoglicol foi diminuindo nos lotes.

Ainda segundo Botelho, considerando uma pessoa de 70 kg, para atingir o indicado pela literatura como dose letal, seria necessário o consumo de aproximadamente 16 garrafas de 600 ml.

Alguns familiares de vítimas internadas com sintomas da síndrome nefroneural afirmam que seus parentes consumiram quantidades bem menores da bebida. Em alguns relatos, as vítimas teriam consumido apenas uma única garrafa da cerveja.

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