Governo de Minas nega caso de corpos com Covid-19 em funerária

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) descartou que a hipótese de uma funerária em Belo Horizonte tenha recebido diversos corpos de pessoas que teriam morrido em decorrência do novo coronavírus.

Segundo o gerente da funerária, Sérgio José da Silva, em entrevista, 32 corpos de pessoas que morreram por insuficiência respiratória deram entrada na unidade nos últimos três dias. Ele, no entanto, não confirmou que os laudos de morte dessas pessoas apontavam para suspeita de morte pela Covid-19.

Um boletim de ocorrência da Polícia Militar circulou nas redes sociais e dizia que uma denúncia anônima alertou sobre vários cadáveres de pessoas que morreram com suspeita de coronavírus terem sido enviados à funerária.

No entanto, o governador explicou durante uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (23) que várias doenças podem ter como causa de morte a insuficiência respiratória.

— Muitas pessoas que acabam morrendo de insuficiência respiratória são vítimas de infarto, AVC, efisema pulmonar, pneumonia, dentre outras doenças. Alguém pegou um dado e vazou como se algo que não está acontecendo, estivesse acontecendo.

Mais cedo, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, já havia se manifestado nas rede sociais sobre o caso. Segundo ele, a informação de que os corpos são de pessoas que tiveram coronavírus não procede.

— Aqui na vigilância sanitária, nós não tivemos nenhuma informação de que esses óbitos tem a ver com o Covid-19. Eu gostaria de esclarecer que, quando nós falamos de insuficiências respiratórias, há uma gama muito grande doenças que podem levar a isso, inclusive longa permanência em CTI e complicações de outras doenças que nada tem a ver com o pulmão.

Mortes suspeitas

O Governo do Estado comunicou que investiga 20 mortes que podem estar relacionadas à Covid-19. Até o momento, Minas não confirmou nenhum óbito relacionado à doença.

Segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (23), o número de casos subiu de 83 para 128 e há mais de 7,7 mil em investigação

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