Carro é ‘engolido’ por cratera no bairro Santa Tereza em Belo Horizonte

Cratera “engoliu” um carro na manhã desta quinta-feira
Foto: Uarlen Valério

A cratera que engoliu um carro na manhã desta quinta-feira (25), na rua Gabro, no bairro Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte, afetou o fornecimento de água no local e no bairro vizinho Floresta, conforme informou a Copasa.

A companhia encontra-se no local, onde está fazendo a manutenção da rede de 200 milímetros de diâmetro. Segundo a Copasa, devido à complexidade do problema, inicialmente, a previsão para conclusão das intervenções é na noite desta quinta. A normalização do fornecimento de água dos bairros Floresta e Santa Tereza, ocorrerá, de forma gradativa, até a madrugada de sexta-feira .

Em nota, a Copasa esclareceu que todos os danos e prejuízos causados pelo rompimento da rede de água, serão ressarcidos, de acordo com apontamento da perícia técnica. ewém se encontra no local para prestar todo apoio necessário aos moradores da região.


Demos sorte que afundou a traseira do veículo. Se fosse a frente, o dano seria maior e teríamos mais dificuldade para sair. O carro tem seguro e já acionei a seguradora”, afirmou.

Devido à abertura da cratera, dois quarteirões da rua foram isolados pela Polícia Militar. Além dos policiais, agentes da BHTrans, Corpo de Bombeiros e equipe da Defesa Civil estão no local.

“O primeiro atendimento dos bombeiros em ocorrência desse tipo é verificar se há vítimas. No caso, não tinha vítima. O local está isolado para prevenção dos riscos e minimizar possíveis acidentes futuros. Do lado direito da rua, no sentido descendo, as casas têm uma possibilidade de afetação maior. As casas foram evacuadas. Do lado esquerdo da via também. A Copasa providenciou o fechamento da adutora e a preocupação maior é com a erosão do solo e invadir as casas, pegar postes e fiação elétrica. É difícil fazer a medição do tamanho desse buraco no momento, uma vez que ele está cedendo mais”, explicou o tenente Bernardo Santos, do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros.


Noite de ontem

Segundo moradores, na noite de quarta-feira (24), o problema já tinha começado, eles entraram em contato com a Copasa, mas não obtiveram retorno.

“Ontem, por volta das 20h, saí para passear com meu tio e vi água jorrando. Retornei, falei com minha tia, que ligou para Copasa. Depois, minha esposa ligou e falaram que iam mandar equipe aquela hora, mas ninguém apareceu. Pelo que eu vi ontem falei com a minha família que a rua ia sumir. A madrugada passou, e o vizinho me ligou para eu tirar o meu carro que estava na trajetória da água. Era para ele também estar no buraco. Acho um descaso muito grande não ter vindo ninguém da Copasa”, contou Geraldo Inácio, de 46 anos, morador da área.

Carlos Silveira, de 39, mora em um prédio em frente ao local em que a cratera abriu e percebeu o vazamento na madrugada. “Acordei com um barulho que parecia de chuva. Foi quando vi o vazamento. Por três vezes fiz a solicitação na Copasa e não fui atendido. Liguei no Corpo de Bombeiros e fui coagido porque ele disse que não era de competência dele esse caso. Esse vazamento poderia colocar em risco as estruturas das residências”, afirmou.


Em nota, a Copasa informou que os serviços para manutenção da rede de 200 milímetros de diâmetro na rua Gabro, já foram iniciados nesta manhã. No entanto, “devido à complexidade do problema, inicialmente, a previsão para conclusão das intervenções é na noite desta quinta-feira”. A normalização do fornecimento de água dos bairros Floresta e Santa Tereza, vai ocorrer, segundo a companhia, de forma gradativa até a madrugada de sexta-feira (26).

No comunicado, a Copasa afirmou que “todos os danos e prejuízos causados pelo rompimento da rede de água, serão ressarcidos, de acordo com apontamento da perícia técnica. Equipe do setor de Responsabilidade Social da empresa também se encontra no local para prestar todo apoio necessário aos moradores da região”.

Por três vezes, a reportagem pediu um retorno da Copasa em relação à demora no atendimento, de acordo com as denúncias dos moradores, mas ainda aguarda retorno.

Já o Corpo de Bombeiros se manifestou em relação ao questionamento da reportagem. Veja na íntegra o esclarecimento:

“Em relação aos questionamentos apresentados, o CBMMG informa que, quando do recebimento da chamada via tridígito 193, o solicitante informou de que estaria ocorrendo apenas um vazamento de água no endereço da ocorrência. Considerando as informações passadas pelo solicitante, o teleatendimento corretamente informou que esse tipo de intervenção deveria ser solicitado junto à COPASA, pela característica da atuação. Em relação ao atendimento telefônico realizado pela COPASA, o CBMMG não possui conhecimento de como ele se desenvolveu visto que são centrais e órgãos diferentes. Mais tarde, quando houve nova solicitação telefônica ao CBMMG informando de que a situação havia se agravado e o solo estava apresentando instabilidade, o CBMMG imediatamente deslocou viatura para o local e realizou o atendimento de toda a área no que tange ao salvamento e isolamento de risco no local. Não houve nenhum tipo de coação ou intimidação por parte de militares do CBMMG, o que inclusive é ressaltado pela fato de não ter ocorrido nenhum tipo de queixa dos moradores à PMMG, que também compareceu ao local”.


Passeio atingido

O passeio de uma das casas da rua Gabro chegou a ser atingido. Vizinhos contaram à imprensa que no local vivem três irmãos idosos, que foram retirados da casa imediatamente.

Uma equipe da Defesa Civil está no local e vai fazer uma vistoria para verificar se a estrutura de algum imóvel foi comprometida.

“A gente confia em Deus e foi muito tranquilo”, diz motorista

Santos avisou no serviço que não teria condições de trabalhar. Ele, que mora com a família em Vespasiano, na região metropolitana da capital, se apegou à fé no momento do susto.

“Nós somos evangélicos. A gente confia em Deus e foi muito tranquilo. O bem material não tem problema, o negócio é a integridade física. Assustamos, mas não podíamos apavorar na hora porque poderia complicar. Se esse vazamento começou antes, o certo era ter isolado o local para nenhum carro descer. Corria mais risco de outros veículos caírem”, finalizou o motorista.


FONTEO Tempo
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