Homem suspeito de matar a mãe na Região Metropolitana de BH cortou o corpo em 14 pedaços

Foto: João Eduardo Santana/Itatiaia

O homem suspeito de esquartejar a própria mãe e colocar partes do corpo em uma mala separou o corpo em 14 segmentos. O crime foi descoberto na sexta-feira (24), após uma mala com pedaços da vítima ser encontrada no bairro Canaã, na região Norte de Belo Horizonte, limite com Santa Luzia. Informações sobre o caso foram dadas nesta segunda-feira pela Polícia Civil.

O trabalho da perícia começou assim que a mala foi encontrada. Além dos fragmentos corpóreos, o perito criminal da Seção de Crimes Contra a Vida da Polícia Civil, João Bosco Silvino Júnior, também localizou um bilhete com o nome da vítima e a participação dela no programa Educação de Jovens e Adultos (EJA).

“Liguei na central (da Polícia Civil) e pedi para que puxassem as pessoas com o mesmo nome que estava no bilhete e com o mesmo formato do pés encontrados. Com certeza, não tem mais de uma pessoa com as mesmas características. Chegamos a apenas uma mulher”, explicou João.

Na casa da vítima, Rizomar Ribeiro da Silva Ferreira, os peritos encontraram dois colchões com marcas de sangue, o que pode indicar que o crime teria sido cometido no imóvel.


“Levamos para o endereço da vítima as duas capas de colchões que encontramos ensanguentadas junto com a mala no bairro Canaã. No imóvel, colocamos lado a lado os colhões com a capa e pudemos fazer o confronto. Percebemos que os dois apresentavam as mesmas marcas de sangue. Isso mostra que o corpo da vítima pode ter sido cortado em cima do colchão”, relatou o perito.

Avaliação psiquiátrica

Após os trabalhos de perícia, a realização de coleta de provas e os levantamentos dos fatos, vai ser a vez da avaliação do médico psiquiatra do suspeito.

“A nossa avaliação é retrospectiva ao tempo do fato. Começamos nossa avaliação após a realização da perícia, a abertura do inquérito e quando a investigação já estiver em andamento. Só depois que é feita essa avaliação de sanidade mental”, contou o médico-legista e psiquiatra forense da Polícia Civil Daniel Moreira de Carvalho.


O suspeito, de 30 anos, ainda não foi ouvido pela polícia e nem foi avaliado psicologicamente, mas o psiquiatra forense explica quais os passos que vão ser avaliados durante o processo. “Nesse caso, em particular, chamou a atenção o fato de o suspeito cometer esse crime e logo após ir a uma igreja. Lá, ele foi encontrado com fala desconexa e chamando o demônio. Outro fato é que ele é usuário de drogas. Uma terceira informação que não é oficial da Polícia Civil, mas que eu vi em um site era que ele teria passado por uma avaliação psicológica antes do crime. Se isso ocorreu, essa situação vai ser levada em consideração. Eu não fiz a avaliação do acusado. O que estou explicando é o caminho que é percorrido até chegar a avaliação do médico psiquiatra”, detalhou o médico”, contou.

FONTEItatiaia
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