Mais de 90 chinchilas são resgatadas em situação de maus-tratos em Matozinhos

Animais passarão por cuidados veterinários e posteriormente encaminhados para adoção responsável

Foto: Sisema/Divulgação

Sem água, sem comida, prostradas em minúsculas e sujas gaiolas e muitas delas sem os pelos (apesar de serem conhecidas pela fofura da pelagem). Foi nessas condições de maus-tratos que 93 chinchilas foram resgatadas na segunda-feira (5) em Matozinhos, na região Central de Minas.

Os animais, segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), eram mantidos no criatório para posterior comercialização. Os roedores foram encaminhados ainda na segunda-feira para a Fazenda Laboratório dos cursos de Veterinária e Engenharia Florestal do Centro Universitário de Formiga (Unifor). Lá eles receberão cuidados e depois de reabilitados serão encaminhados para adoção responsável.

Depois de ser denunciado por manter os bichos em situação irregular, o responsável pelos roedores, que não teve o nome divulgado, foi enquadrado em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) determinando a entrega dos animais. O recolhimento e transporte dos bichos foi feito pelo Núcleo de Fauna e Pesca (Nufap).




Segundo a coordenadora do Nupaf, Samylla Mól, durante a ação para o salvamento das chinchilas o dono dos animais não reagiu. “Felizmente o infrator optou pela entrega dos animais. Com isso, agimos em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e providenciamos o encaminhamento deles para atendimento veterinário adequado. Aplicamos multa por maus-tratos, em âmbito administrativo”, explicou.

O homem terá que pagar multa que pode chegar a R$ 7.500. Ele responderá por maus-tratos contra animais, segundo o código de infração 527 do Decreto Estadual 47.383/2018. A falta é considerada gravíssima.


Laudo

Laudo veterinário feito nas chinchilas, em Formiga, confirmou que os roedores estavam em situação precária. “Muitos apresentavam falta de pelos, magreza e letargia devido ao confinamento irregular e provável falta de alimentação e água. Além disso, as gaiolas estavam muito sujas, o que demonstra o descuido com a higiene por parte do criador”, descreveu o coordenador da Fazenda Laboratório e professor universitário Dênio Garcia Silva de Oliveira.

Reabilitação

As chinchilas resgatadas passarão por exames para verificação de parasitas e possíveis doenças. Elas foram colocadas em grandes viveiros e estão mantidas em grupos, já que viver em rebanho é característica da espécie. Desde que foram recolhidos, os animais passam por dieta balanceada para recuperação da pelagem e das demais deficiências imunológicas que adquiriram durante o tempo que estiveram em cativeiro irregular.


Depois de reabilitadas, as 93 chinchilas serão disponibilizadas para adoção e, segundo a Unifor, esse processo para inserir os animais em um novo lar será desenvolvido por grupos parceiros da instituição de ensino.

FONTEO Tempo
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