Aline se ofereceu para carregar este sonho após ver a cunhada perder duas gestações e fazer vários tratamentos sem sucesso. Rafaela congelou os embriões em uma clínica, em São Paulo, e Aline foi até lá para fazer todo o procedimento. Depois de muita expectativa da família, ela engravidou.
Com 38 semanas de gestação, Guilherme nasceu de parto cesariano, com 3,3 kg, no dia 7 de outubro, no Hospital Nossa Senhora das Dores. Durante o parto, Rafaela ficou dentro da sala e foi ela a primeira a ter o contato físico com o pequeno Guilherme.
“Foi uma emoção tão grande ver o rostinho dele. Batalhamos tanto. Ficamos 3 anos tentando e deu tudo certo. Ele é muito bonzinho. Aline foi incrível. Tenho muito o que agradecer a ela”, disse a mãe.
“Nos dias de consultas, a ansiedade era grande porque não estávamos ali ao vivo, mas Aline mostrava vídeos do ultrassom e isso já nos fazia sentir mais perto. Queria ter participado mais, mas entendemos que o momento pediu este afastamento. O importante é que o nosso filho nasceu com muita saúde”, disse o pai.
Assim que a família recebeu alta, Aline se despediu do sobrinho e apresentou o primo para as filhas, Elis, 9 anos, e Esther, de 5. Depois, Guilherme seguiu com os pais para a cidade de Coronel Fabriciano, também em Minas Gerais, onde ficarão na casa da avó, mãe da Rafaela, nos próximos dias.
Aline, que continuou em Itabira, vai acompanhar o desenvolvimento do bebê de longe, feliz por ser parte desta conquista.
“Fiquei bem emocionada no nascimento e, também, na despedida, não tem como ser diferente. Até hoje fico emocionada ao falar. Quero agradecer por terem acreditado em mim. Amo o meu irmão e faria tudo novamente”, contou Aline.
Marcelo Machado também se emociona ao falar da irmã.
De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) de número 2.168, de 2017, a paciente que será barriga solidária deve pertencer à família de um dos parceiros, em parentesco consanguíneo até o quarto grau (mãe, filha, avó, irmã, tia, sobrinha ou prima).
Segundo o CFM, o procedimento é ético desde que não haja transação comercial ou lucrativa. Mesmo com grau de parentesco, Aline disse que o irmão e a cunhada contrataram um advogado para os trâmites legais. “Eles resolveram tudo, eu fiz questão de assinar um documento no qual assumo que o bebê não é meu filho”, explicou.
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