Foto: DENILTON DIAS / O TEMPO
Um idoso de 65 anos foi preso após agredir a companheira com socos, tapas no rosto, puxões de cabelo e tentar enforcá-la em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, na noite desse domingo (25). Ao ser detido pelos militares, o homem afirmou que “merecia ser preso mesmo”.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, a vítima, de 68 anos, contou que estava na casa da família, no bairro Morro Alto, quando o companheiro ficou exaltado após ingerir bebidas alcoólicas.
Ele começou com agressões verbais, com palavras de baixo calão, e partiu para agressões físicas – chegando a pegar uma faca para fazer ameaças.
Durante a confusão, o neto da mulher, de 10 anos, tentou proteger a avó e pegou uma pá. O homem tomou o objeto da criança e a atingiu com um golpe na cabeça.
om a chegada das policiais, além de dizer que merecia ser preso, o idoso confessou ter batido na mulher e no garoto e disse que estava perturbando toda a família.
Avó e neto foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vespasiano. A idosa precisou permanecer internada, uma vez que estava com a glicose alta.
O agressor foi encaminhado à delegacia de plantão da cidade.
“Ele pegou a sacolinha com papel e foi encontrar os policiais para ser preso”, diz vizinho
Um vizinho da família, que não será identificado, contou que ouviu a confusão na noite desse domingo.
“Acho que o menino estava tomando banho e, ao sair, viu o homem dando um ‘gogó na véia’. Aí o menino pegou a pá para separar, ele tomou a pá e bateu na cabeça do menininho”, contou o idoso de 67 anos.
Segundo ele, da rua era possível ouvir os ataques verbais à vítima dizendo que ela era “sem vergonha”.
“Ele mesmo chamou a polícia. Juntou uns papéis dentro de uma sacolinha e foi encontrar os policiais. Quando o policial chegou, a mulher não falou nada, ela estava meio ‘pasmada’. Já o menino, depois de ser agredido, pediu ajuda aqui na rua”, contou.
Agressão pegou moradores de surpresa
O casal mora no bairro Morro Alto há menos de um ano. Segundo vizinhos, os idosos, aparentemente, não tinham histórico de brigas.
“Eu não estava aqui na hora que tudo aconteceu, mas fique surpreso. Ele nunca foi de beber e cair na rua, sempre tratou a companheira bem. Passava aqui, desejava bom dia, falava ‘Deus abençoe'”, contou um outro vizinho, de 37 anos, também sob anonimato.
